
Infografia: Ben Ami Scopinho
ben.scopinho@nsc.com.br
Fonte: Dr. Selvino Neckel de Oliveira, professor titular do departamento de ecologia e zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina.
Anderson da Rosa, biólogo.
Ao dar o bote, a cobra levanta um terço do corpo, atingindo principalmente o pé e a perna das pessoas. O uso de botas ou perneiras evita
80% dos acidentes.
ATENÇÃO
sem dente inoculador
Áglifa
Os dentes têm a mesma forma e função. É típica das cobras desprovidas de dentes inoculadores, ou seja, que não são peçonhentas.

dente inoculador
Opistóglifa
Um par de dentes pequenos e imóveis na parte posterior da boca. Esses dentes possuem apenas
um sulco, por onde a peçonha é conduzida.

dente inoculador
Proteróglifa
O par de dentes inoculadores é imóvel e localizado na parte anterior da boca. Esses dentes possuem um canal incompleto que conduz a peçonha liberada pela glândula.
2






dente inoculador móvel
1
Em posição de bote, a boca se abre em até
150ᵒ e as presas são projetadas para fora.
Em situações normais, os dentes inoculadores ficam posicionados dentro da boca.
Solenóglifa
O par de dentes inoculadores de peçonha são grandes e móveis, localizados na parte anterior da boca. Esses dentes possuem um canal completo para conduzir a peçonha produzida na glândula.
OS DENTES
As cobras apresentam quatro tipos de dentição, três delas típicas das peçonhentas.
Hemotoxinas
Proteolítica
Neurotóxica



clique nos ícones para mais informações
OS TIPOS DE PEÇONHA
São caracterizados de acordo com o seu efeito no organismo da vítima. As mais comuns são:
veneno
Canal de veneno na presa
Quando comprimidas pela mordida, as glândulas liberam o veneno
Músculo compressor

VENENO
Produzido por glândulas, a peçonha é uma especialização da saliva para facilitar a digestão.
A cobra-coral e a cobra-cipó, entre outras, são peçonhentas, mas não possuem a fosseta loreal
ATENÇÃO
narina
Fosseta loreal
Sensor que detecta variações mínimas de temperaturas emitidas por presas e predadores.

IDENTIFICANDO A COBRA PEÇONHENTA
Todas as cobras do grupo das jararacas, cascavéis
e surucucus são peçonhentas e reconhecidas pela fosseta loreal, localizada entre o olho e a narina.
Após alguns meses, os filhotes estão plenamente formados e, então, são expelidos.
Após este período, os filhotes rompem as membranas, mas continuam a se desenvolver no ventre materno.



Após a fecundação, os embriões se desenvolvem de maneira semelhante aos mamíferos, através de uma "placenta" e um saco vitelino.
Serpentes vivíparas
Os fetos continuarão
o desenvolvimento,
até eclodirem dos ovos.
Após alguns dias, os ovos são expelidos através da cloaca.
Após a cópula,
os ovos são fecundados.



Serpentes ovíparas
REPRODUÇÃO II
A depender da espécie, o desenvolvimento do filhote acontece dentro ou fora do corpo da fêmea.
clique para mais informações

cloaca

Hemipênis
São órgãos pareados que saem da cloaca. Apenas um é usado de cada vez, e há evidências que os machos alternam o uso entre as cópulas.
REPRODUÇÃO I
Durante a cópula, o macho introduz o hemipênis na cloaca da fêmea, onde libera o esperma.
A fecundação ocorre dentro da fêmea.
língua
cérebro
Órgãos de Jacobson
1
3
2
Os órgãos de Jacobson transmitem a informação olfativa ao cérebro para identificar o odor.
No interior da boca, a língua encosta nos órgãos de Jacobson.

A língua é projetada no ar para captar partículas odoríferas.
Órgãos de Jacobson
O par de reentrâncias no teto da boca é sensível a odores.




Pupilas verticais
Pupilas arredondadas
A LÍNGUA BIFURCADA
A maioria das serpentes se orienta por meio
da percepção de sabores para tomar consciência do que ocorre nas proximidades.

porém, 284 podem ter a glândula que produz o veneno


Hábitos noturnos e visão deficitária.
Hábitos diurnos e visão um pouco mais eficiente.
peçonhentas
espécies
11
84
SC

peçonhentas
espécies
68
442
Brasil

peçonhentas
espécies
825
4.082
Mundo







OS OLHOS
As cobras não possuem boa visão. Sem pálpebras móveis, os olhos são protegidos por uma escama fixa e translúcida.
Evoluindo dos lagartos, as cobras passaram a ocupar ambientes arbóreos, terrestres, sob o solo e aquáticos, vivendo em climas que variam do deserto ao oceano aberto.
AS COBRAS