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Marcus Costa
Created on September 6, 2023
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Transcript
Autobiografia
Cláudio Marcus Almeida Costa
Start
Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas.Também escrevi em meu tempo cartas de amor,Como as outras, Ridículas.
Álvaro de Campos
A minha caminhada
Estudei por lá até aos meus 17 anos, durante esse tempo fui bastante feliz, pois para além de considerar que o nosso concelho tem tudo para oferecer, sinto-me lisonjeado de ter crescido numa região tão segura e tão sincera, tão pura.
Apesar de já ter viajado bastante para o estrangeiro, quer com os meus pais, quer com amigos, de Portugal apenas me sentia à vontade no norte do país (Porto, Braga, Bragança, Chaves, Viseu.) Tendo muito pouca ligação aos costumes e maneiras da região de Lisboa.
Fui sempre bastante sociável, sendo que à parte de conjugações verbais diferentes e da ostracização do calão, normal no norte do país, fui aprendendo aos poucos a trocar o som dos ranchos e das gaitas de foles pelo Fado, o cabrito pelo bitoque, o fino pela imperial.. Mas o que mais estranhei foi o clima, o calor e a humidade deixaram-me acordado muitas noites..
Em 2008 decidi deixar a segurança das origens e vir estudar para Lisboa.Foi uma decisão consciente, mas não deixou de ser custosa.
Aprendi a amar esta cidade e em pouco tempo já a tinha explorado de Sacavém a Cascais.
Nasci na Guarda, em Dezembro de 1989, cidade que amo, e para a qual um dia anseio regressar. Cidade da neve, do frio, da pedra, cidade mais alta, cidade da minha Serra.
Com bastante trabalho, mantivemos a base como uma das melhores da Europa no serviço de entrega de bagagem e de rotações mais rápidas das aeronaves. Trabalho que não passou despercebido e em 2018 fui convidado pelo Director do HUB da TAP em Lisboa, Jordi Pi, para ingresar numa nova equipa que a TAP iria criar na rampa do aeroporto, sendo que até então toda a operação do lado ar era controlada pela Groundforce Portugal.
Como qualquer Português, com gosto pela aviação, almejava obviamente trabalhar na transportadora aérea nacional.. Em suma uma das experiências mais enriquecedoras da minha vida. À época, a TAP passava por uma transformação profunda imposta pela administração de David Neelman e sendo que o meu trabalho agora seria supervisionar o que eu fazia anteriormente, sentia-me bastante à vontade para desempenhar as funçoes.
Segui para a Ryanair juntamente com amigos da Guarda, o meu irmão e colegas que já conhecia da anterior empresa.. E foi uma óptima aprendizagem.
Após a faculdade, senti a necessidade de ir trabalhar. Tive alguns trabalhos, desde imobiliárias a comercial de telecomunicações, mas não senti futuro em qualquer deles. Até que em 2013, um amigo, também da Guarda me recordou do mundo da aviação.
Decidi então ir trabalhar para o Aeroporto de Lisboa e foi quando descobri uma paixão que desconhecia, a Aviação.Após alguns meses a trabalhar para uma empresa de handling já existente no aeroporto recebi um convite para "abrir" a base da Ryanair em Portugal, como Aircraft Dispatcher.
Mas como outros que davam tudo pela empresa, sentia um dever terrível de denunciar algumas situações que presenciei, fruto da gestão danosa de Neelman e da sua administração. E assim o fizemos, sendo que no inicio de 2021 deixamos a TAP, com bastante tristeza.
Desde supervisionar o handling nas rotações das aeronaves, dando enforce no cumprimento de timings e controlo de qualidade, à gestão de timings de tripulações, aceitação de 3 dos novos aviões que a TAP adquiriu na altura, etc fiz de tudo um pouco na empresa, muitas vezes mais do que propriamente o meu contrato designava, mas tudo com muito amor à empresa que tentavamos trazer novamente para o topo.
Após a saída da TAP, decidi tentar a àrea que melhor conhecia, a Banca, sendo que o meu pai trabalhou nesse ramo desde sempre. Estive um ano na Caixa Geral de Depósitos juntamente com alguns colegas da TAP, mas rápido cheguei à conclusão que queria voltar para o aeroporto. E voltei à Portway, primeira empresa que representei no APT para a função que desempenhava antes de ter aceite trabalhar na TAP.
Em suma, a minha vinda para Lisboa trouxe-me muitas alegrias, entre outras o privilégio de ter desempenhado as funções que desempenhei na pequenina "aldeia" chamada Aeroporto Humberto Delgado. Fiz amigos, dexei conhecidos, mas acima de tudo aprendi o significado de trabalhar por gosto.
Muito Obrigado