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Constelação Tupi-Guarani do Homem Velho, indicadora da estação do verão no hemisfério sul.

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Homem Velho

Tuya'i, Tuivaé

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Asterismo da Constelação Tupi Guarani do Homem Velho Temos duas descrições diferentes da Constelação do Homem Velho realizadas a partir de pesquisas realizadas com diferentes grupos indígenas. Apresentamos aqui as duas versões, pois representam descrições locais culturais dos povos originários entrevistados. Descrição do Prof. Germano Bruno Afonso (2005) O aglomerado estelar das Plêiades representa o penacho no alto da cabeça do Homem Velho.Logo abaixo, o aglomerado estelar das Híades formam a cabeça do Homem Velho, onde tambémse encontra a estrela alfa de Touro (Aldebarã), a estrela avermelhada mais brilhante da constelaçãoocidental de Touro, que dá início ao pescoço do homem velho, terminando na estrela ο2 Orionis, deonde partem seus braços. O Homem Velho segura a bengala com o braço direito, do lado da perna cortada. A extremidade final do braço direito é marcado pela estrela Zeta de Touro.O braço esquerdo é formado por estrelas do escudo de Órion, terminando em Pi6 de Órion. Na mãodireita, o Homem Velho segura um bastão para se equilibrar, que vai de Pi5 de Órion até Beta deÓrion (Rigel). A virilha do Homem Velho é marcada pela estrela Gama de Órion (γ Orionis, Bellatrix).E o local onde sua perna foi cortada é representada pela estrela vermelha Alfa de Órion (αOrionis, Betelgeuse).O joelho da perna sadia é representado pelo Cinturão de Órion (Três Marias), formado pelas estrelasDelta de Órion (δ Orionis, Mintaka), Épsilon de Órion (ε Orionis, Alnilam) e Zeta de Órion (ζ Orionis,Alnitak).E o seu pé é marcado pela estrela Kappa de Órion, (κ Orionis, Saiph).Segundo Germano Afonso, essa região contém outras três constelações indígenas Guaranis: Eixu(Plêiades), Tapi’i rainhykã (Híades, incluindo Aldebarã) e Joykexo (Cinturão de Órion, tambémconhecido como as Três Marias). Bengala: No Braço Esquerdo ou Direito?Entretanto, há relatos e ilustrações que consideram o bastão do Homem Velho segurado pelo braçoesquerdo, como pode ser visto no vídeo documentário da TV Unesp, contado pelo pesquisadorRodolfo Langhi. O Stellarium adota essa interpretação dos relatos em seu asterismo. A principal divergência é quanto aos braços e a posição da bengala. Saiba mais sobre as estrelas dos asterismos do Homem Velho nos artigos do Prof. Germano Bruno Afonso, clicando aqui.

QUANDO A NOITE É MAIS PYTUNA [...] Olha! Mira o verão amazônico! Em noite pytuna, a Canoa ancestral e a constelação da Garça anunciam a fartura de peixe. O pajé canta pra segurar o céu e conta que no meio da noite pytuna o Homem Velho da constelação saúda os parentes do Sul E quando o dia é igual à noite o outono vem no desapego de tudo como sempre foi e é ainda pela noite mais pytuna. Na leitura do céu. em tempo de inverno os pajés contam que a Via Láctea é a morada dos deuses pela noite mais pytuna E que os filhos e filhas da Terra têm seus parentes celestes desde sempre à luz da história pelas noites pytunas. A vida segue e a memória em nós tece a alma da palavra ancestral no meio da noite mais pytuna * pytuna = significa noite, na língua Tupi. Leia e escute o poema completo em https://ims.com.br/convida/graca-grauna/ Indígena potiguara, Graça Graúna (Maria das Graças Ferreira). Escritora, poeta e crítica literária, doutora em Letras pela UFPE e pós doutora em Literatura, Educação e Direitos Indígenas pela UMESP. Coordena o blog Tecido de Vozes. MITO DO HOMEM VELHO No mito guarani, essa constelação representa um homem idoso que se casou com uma mulher bemmais jovem. A esposa do Homem Velho, interessada no seu cunhado que era tão jovem quanto ela, briga com o marido e acaba matando o marido velho, cortando a sua perna direita. Os deuses ficaram tão comovidos com a história do Homem Velho que o transformaram em uma grande constelação que marca as noites da estação do verão austral..

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Homem Velho

Tuya'i, Tuivaé

EIXU, o Vespeiro: M45, Aglomerado das Plêiades NASA, ESA, AURA/Caltech, Palomar Observatory. Licença Dedicada ao Domínio Público. Fonte: Stellarium. As estrelas brilhantes vistas na imagem são membros do popular aglomerado estelar aberto conhecido como Plêiades ou Sete Irmãs. Com o auxílio dos Sensores de Orientação Fina (Fine Guindace Sensor - FGS), situados no campo de visão do Telescópio Espacial Hubble, estudiosos conseguiram refinar a distância até as Plêiades em cerca de 440 anos-luz. Esse equipamento permitiu a medição de pequenas mudanças nas posições aparentes de três estrelas dentro do aglomerado quando vistas de diferentes lados da órbita da Terra. Para a coleta de dados, os astrônomos realizaram as medições com seis meses de intervalo durante um período de 2 anos e meio. Cerca de 1.000 estrelas compõem o aglomerado, localizado na constelação de Touro. A imagem composta de cores do aglomerado estelar das Plêiades foi obtida pelo telescópio Palomar Schmidt de 122 centímetros. A imagem é do segundo Palomar Observatory Sky Survey, e faz parte do Digitized Sky Survey. A foto das Plêiades foi feita a partir de três imagens separadas tiradas nos filtros vermelho, verde e azul, entre 5 de novembro de 1986 e 11 de setembro de 1996. (NASA) O VESPEIRO Asterismo da Constelação Tupi-Guarani Eixu (O Vespeiro). Planetário Stellarium. Eixu significa "ninho de abelhas" ou "vespeiro" em guarani, e marca o início do ano indígena, quando surge pela primeira vez no lado leste, antes do nascer do Sol (nascer helíaco das Plêiades), na primeira quinzena de junho. Uma data próxima do equinócio austral do outono. Segundo d"Abbeville, os povos indígenas Tupinambés (Maranhão) conheciam muito bem a constelação de Eixu, e quando ela chegava, eles comemoravam a chegada da chuva, que vinha logo depois. Era com essa constelação que eles contavam os anos. A constelação de Eixu, o vespeiro, nascendo entre os pontos cardeais L e NE, antes do Sol nascer, em meados de junho de 2023, Rio de Janeiro. Planetário Stellarium. A Constelação de Eixu se pondo antes do Sol, em meados de junho, entre os pontos cardeais O (Oeste) e ND (Nordeste), vista da cidade do Rio de Janeiro. Planetário Stellarium. Como o Sol está nessa época passando próximo da constelação, ela só é visível um pouco antes do Sol nascer, e não aparece durante o restante da noite. Quando podemos ver a constelação de Eixu durante toda a noite? O Homem Velho nascendo entre os pontos cardeais Leste e NE na segunda quinzena de novembro. Planetário Stellarium. Na segunda quinzena de novembro, a Constelação de Eixu volta a surgir no início da noite, permanecendo visível durante todo o verão austral.

Estrela El Nath (Beta de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Tianguan, (Zeta de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Aldebaran, (Alfa de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Ain, (Épsilon de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

As Híades Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database. Fonte: Stellarium É o aglomerado de estrelas mais próximo do Sol. O aglomerado aberto Híades é brilhante o suficiente para ter sido observado milhares de anos atrás, mas não é tão brilhante ou compacto quanto o aglomerado estelar das Plêiades (M45). As estrelas centrais das Híades estão espalhadas por cerca de 15 anos-luz. (NASA)

Estrela Primeira Híada (Gama de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Lâmbda, (Lâmbda de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Ômicron (Ômicron de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Eclíptica Solar O Sol é visto da Terra na esfera celeste. Cada dia ele ocupa uma posição ao longo de uma região da esfera celeste, percorrendo um arco completo ao longo de um ano solar. As regiões da esfera celeste onde ele é observado foram nomeadas de constelações zodiacais. Escorpião é uma delas, com o Sol cruzando a região na altura de suas duas garras. Nas imagens abaixo, geradas através do software de astronomia Stellarium, veja dois momentos da trajetória do Sol na linha imaginária que chamamos de Eclíptica: Sol em Libra e seguindo em direção à constelação de Escorpião/ Planetário Stellarium. Sol visto na constelação de Escorpião/ Planetário Stellarium. A atual região da esfera celeste demarcada como Escorpião é cruzada pela Ecliptica Solar em uma pequena região entre suas duas garras. E o Sol permanece visto dentro dessa área por um período de cerca de sete dias. A região faz fronteira com Libra (antes) e Ofiúco (depois). O Sol, vindo da região de Libra, "entra" na região de Escorpião por sua garra direita, em algum horário do dia 23 de novembro. O Sol saindo da região da Constelação de Escorpião pela sua garra esquerda por volta do dia 30 de novembro. E penetrando na região atualmente pertencente à 13a. Constelação Zodiacal: Ofiúco.

Rigel (Beta Orionis) Raio: 61,18 vezes o raio do Sol. Distância: 862,87 anos-luz de distância da Terra. Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Rigel (Beta Orionis) Raio: 61,18 vezes o raio do Sol. Distância: 862,87 anos-luz de distância da Terra. Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Nebulosa De Mairan (Messier 43) Distância: 1600 anos-luz de distância da Terra Nomeada em homenagem ao astrônomo francês Jean-Jacques d'Ortous de Mairan, que a descobriu em 1731, trata-se de uma nebulosa de reflexão e emissão. Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Messier 43. Fonte: Stellarium.

Nebulosa de Orion (Messier 42) Distância: 1344,91 anos-luz da Terra. Localização: Situada próxima à estrela Nu Orionis, na constelação de Órion. Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Messier 42. Fonte Planetário Stellarium Foi descoberta por Nicholas-Claude de Peiresc, em 1619. A Nebulosa de Órion é uma nebulosa de emissão, que gera sua própria luz, e uma nebulosa de reflexão, que reflete a luz de uma fonte próxima.

Banard 33 ou Nebulosa Cabeça de Cavalo Distância: 1.500 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database A Nebulosa Cabeça de Cavalo (NGC2023) é uma das nebulosas mais famosas e reconhecíveis do cosmo. É referido como uma nebulosa escura. Seu nome vem de uma pequena mancha escura na região que se assemelha a uma cabeça de cavalo.A Cabeça de Cavalo foi descoberta pelo astrônomo escocês Williamina Fleming, em 1888, e está inserida em uma pequena área dentro da nebulosa maior. Essa nuvem é tão espessa e densa que obscurece as estrelas que residem atrás delaFonte: Universeguide.

Saiph (Kappa Orionis) Raio: 7,64 vezes o raio do Sol Distância: 647,15 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Mintaka (Delta Orionis) Raio: 6,84 vezes o raio do Sol Distância: 692,49 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Atronomical Database

Alnitak (Zeta Orionis) Raio: 7,61 vezes o tamanho do Sol Distância: 736,26 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Atronomical Database

Nebulosa da Chama (NGC 2024) Distância: 1.400 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Nebulosa da Chama. Fonte: Stellarium. A Nebulosa da Chama, também conhecida como NGC 2024, é uma nebulosa de emissão - uma nuvem de gás ionizado por estrelas quentes e jovens que emitem luz de várias cores. A estrela mais próxima da NGC 2024 é Alnitak.

Nebulosa de reflexão (Messier 78) Distância: 1,6 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Messier 78. Fonte Planetário Stellarium. Descoberta pelo astrônomo francês Pierre François André Méchain, em 1780, esta nebulosa é bastante brilhante e pode ser observada com telescópios amadores de pequeno porte. As nebulosas de reflexão são nuvens de poeira capazes de refletir a luz de uma ou mais estrelas vizinhas. Apesar de não serem quentes o suficiente como as nebulosas de emissão, essas regiões são brilhantes o suficiente para tornarem o gás visível.

Belatriz (Gamma Orionis) Raio: 3,18 vezes o raio do Sol Distância: 242,45 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Tabit (Pi Orionis 1) Raio: 1,41 vezes o raio do Sol Distância: 26,32 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Aglomerado aberto de estrelas (NGC 1662) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database NGC 1662. Fonte: Planetário Stellarium. NGC 1662 é um aglomerado aberto na direção da constelação de Órion. O objeto foi descoberto pelo astrônomo William Herschel, em 1784.

Alnilam (Epsilon Orionis) Raio: 23,2 vezes o raio do Sol. Distância: 1976,75 anos luz da Terra. Localização: Aladin Sky Atlas / SIMBAD Atronomical Database

Nu Orionis Raio: 3,19 vezes o raio do Sol Distância: 516,08 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Meissa (Lambda Orionis) Raio: 7,06 vezes o raio do Sol Distância: 1098,19 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

NGC 2244: Nebulosa da Rosetta

Betelgeuse (Alpha Orionis) Raio: 764 vezes o raio do Sol Distância: 497,96 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Tapi'i Rainhykã (tupi) - Queixada da Anta A Queixada da Anta ocupa a região da Cabeça do Homem Velho. A constelação de Tapi'i Rainhykã, que significa Queixada da Anta, também simbolizava o início das chuvas para os tupinambás, no norte do país. A constelação ocupa o espaço no firmamento que conhecemos como o Aglomerado de Estrelas das Hyades - a bochecha do Homem Velho.

Joykexo representa uma linda mulher, como um símbolo de fertilidade na cultura indígena. Essa constelação servia como orientação geográfica, pois ela nasce exatamente no leste, e se põe exatamente à oeste. Constelação Joyjeko nascendo bem sobre o ponto cardeal Leste. Constelação Joyjeko se pondo sobre o ponto cardeal Oeste. Uma de suas estrelas está bem próxima da linha do Equador Celeste. Joykexo, além de ser o símbolo da fertilidade, também representa o caminho dos mortos. Joykexo é representada pelas estrelas que formam o Cinturão da Constelação Ocidental de Orion - conhecidas como as 3 Marias.

Linha do Equador Celeste Linha imaginária (em verde) que sempre conecta os pontos cardeais Leste e Oeste, dividindo a esfera celeste nos hemisférios celestes norte e sul. A Constelação Joyjeko, formada pelas estrelas das 3 Marias, fica bem próxima dessa linha - o que faz com que essas estrelas sempre nasçam próximas do ponto cardeal leste e se ponham próximas do ponto cardeal Oeste.

Asterismo da Constelação Tupi Guarani do Homem Velho Temos duas descrições diferentes da Constelação do Homem Velho realizadas a partir de pesquisas realizadas com diferentes grupos indígenas. Apresentamos aqui as duas versões, pois representam descrições locais culturais dos povos originários entrevistados. Descrição do Prof. Germano Bruno Afonso (2005) O aglomerado estelar das Plêiades representa o penacho no alto da cabeça do Homem Velho.Logo abaixo, o aglomerado estelar das Híades formam a cabeça do Homem Velho, onde tambémse encontra a estrela alfa de Touro (Aldebarã), a estrela avermelhada mais brilhante da constelaçãoocidental de Touro, que dá início ao pescoço do homem velho, terminando na estrela ο2 Orionis, deonde partem seus braços. O Homem Velho segura a bengala com o braço direito, do lado da perna cortada. A extremidade final do braço direito é marcado pela estrela Zeta de Touro.O braço esquerdo é formado por estrelas do escudo de Órion, terminando em Pi6 de Órion. Na mãodireita, o Homem Velho segura um bastão para se equilibrar, que vai de Pi5 de Órion até Beta deÓrion (Rigel). A virilha do Homem Velho é marcada pela estrela Gama de Órion (γ Orionis, Bellatrix).E o local onde sua perna foi cortada é representada pela estrela vermelha Alfa de Órion (αOrionis, Betelgeuse).O joelho da perna sadia é representado pelo Cinturão de Órion (Três Marias), formado pelas estrelasDelta de Órion (δ Orionis, Mintaka), Épsilon de Órion (ε Orionis, Alnilam) e Zeta de Órion (ζ Orionis,Alnitak).E o seu pé é marcado pela estrela Kappa de Órion, (κ Orionis, Saiph).Segundo Germano Afonso, essa região contém outras três constelações indígenas Guaranis: Eixu(Plêiades), Tapi’i rainhykã (Híades, incluindo Aldebarã) e Joykexo (Cinturão de Órion, tambémconhecido como as Três Marias). Bengala: No Braço Esquerdo ou Direito?Entretanto, há relatos e ilustrações que consideram o bastão do Homem Velho segurado pelo braçoesquerdo, como pode ser visto no vídeo documentário da TV Unesp, contado pelo pesquisadorRodolfo Langhi. O Stellarium adota essa interpretação dos relatos em seu asterismo. A principal divergência é quanto aos braços e a posição da bengala. Saiba mais sobre as estrelas dos asterismos do Homem Velho nos artigos do Prof. Germano Bruno Afonso, clicando aqui.

QUANDO A NOITE É MAIS PYTUNA [...] Olha! Mira o verão amazônico! Em noite pytuna, a Canoa ancestral e a constelação da Garça anunciam a fartura de peixe. O pajé canta pra segurar o céu e conta que no meio da noite pytuna o Homem Velho da constelação saúda os parentes do Sul E quando o dia é igual à noite o outono vem no desapego de tudo como sempre foi e é ainda pela noite mais pytuna. Na leitura do céu. em tempo de inverno os pajés contam que a Via Láctea é a morada dos deuses pela noite mais pytuna E que os filhos e filhas da Terra têm seus parentes celestes desde sempre à luz da história pelas noites pytunas. A vida segue e a memória em nós tece a alma da palavra ancestral no meio da noite mais pytuna * pytuna = significa noite, na língua Tupi. Leia e escute o poema completo em https://ims.com.br/convida/graca-grauna/ Indígena potiguara, Graça Graúna (Maria das Graças Ferreira). Escritora, poeta e crítica literária, doutora em Letras pela UFPE e pós doutora em Literatura, Educação e Direitos Indígenas pela UMESP. Coordena o blog Tecido de Vozes. MITO DO HOMEM VELHO No mito guarani, essa constelação representa um homem idoso que se casou com uma mulher bemmais jovem. A esposa do Homem Velho, interessada no seu cunhado que era tão jovem quanto ela, briga com o marido e acaba matando o marido velho, cortando a sua perna direita. Os deuses ficaram tão comovidos com a história do Homem Velho que o transformaram em uma grande constelação que marca as noites da estação do verão austral..

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Homem Velho

Tuya'i, Tuivaé

EIXU, o Vespeiro: M45, Aglomerado das Plêiades NASA, ESA, AURA/Caltech, Palomar Observatory. Licença Dedicada ao Domínio Público. Fonte: Stellarium. As estrelas brilhantes vistas na imagem são membros do popular aglomerado estelar aberto conhecido como Plêiades ou Sete Irmãs. Com o auxílio dos Sensores de Orientação Fina (Fine Guindace Sensor - FGS), situados no campo de visão do Telescópio Espacial Hubble, estudiosos conseguiram refinar a distância até as Plêiades em cerca de 440 anos-luz. Esse equipamento permitiu a medição de pequenas mudanças nas posições aparentes de três estrelas dentro do aglomerado quando vistas de diferentes lados da órbita da Terra. Para a coleta de dados, os astrônomos realizaram as medições com seis meses de intervalo durante um período de 2 anos e meio. Cerca de 1.000 estrelas compõem o aglomerado, localizado na constelação de Touro. A imagem composta de cores do aglomerado estelar das Plêiades foi obtida pelo telescópio Palomar Schmidt de 122 centímetros. A imagem é do segundo Palomar Observatory Sky Survey, e faz parte do Digitized Sky Survey. A foto das Plêiades foi feita a partir de três imagens separadas tiradas nos filtros vermelho, verde e azul, entre 5 de novembro de 1986 e 11 de setembro de 1996. (NASA) O VESPEIRO Asterismo da Constelação Tupi-Guarani Eixu (O Vespeiro). Planetário Stellarium. Eixu significa "ninho de abelhas" ou "vespeiro" em guarani, e marca o início do ano indígena, quando surge pela primeira vez no lado leste, antes do nascer do Sol (nascer helíaco das Plêiades), na primeira quinzena de junho. Uma data próxima do equinócio austral do outono. Segundo d"Abbeville, os povos indígenas Tupinambés (Maranhão) conheciam muito bem a constelação de Eixu, e quando ela chegava, eles comemoravam a chegada da chuva, que vinha logo depois. Era com essa constelação que eles contavam os anos. A constelação de Eixu, o vespeiro, nascendo entre os pontos cardeais L e NE, antes do Sol nascer, em meados de junho de 2023, Rio de Janeiro. Planetário Stellarium. A Constelação de Eixu se pondo antes do Sol, em meados de junho, entre os pontos cardeais O (Oeste) e ND (Nordeste), vista da cidade do Rio de Janeiro. Planetário Stellarium. Como o Sol está nessa época passando próximo da constelação, ela só é visível um pouco antes do Sol nascer, e não aparece durante o restante da noite. Quando podemos ver a constelação de Eixu durante toda a noite? O Homem Velho nascendo entre os pontos cardeais Leste e NE na segunda quinzena de novembro. Planetário Stellarium. Na segunda quinzena de novembro, a Constelação de Eixu volta a surgir no início da noite, permanecendo visível durante todo o verão austral.

Estrela El Nath (Beta de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Tianguan, (Zeta de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Aldebaran, (Alfa de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Ain, (Épsilon de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

As Híades Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database. Fonte: Stellarium É o aglomerado de estrelas mais próximo do Sol. O aglomerado aberto Híades é brilhante o suficiente para ter sido observado milhares de anos atrás, mas não é tão brilhante ou compacto quanto o aglomerado estelar das Plêiades (M45). As estrelas centrais das Híades estão espalhadas por cerca de 15 anos-luz. (NASA)

Estrela Primeira Híada (Gama de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Lâmbda, (Lâmbda de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Estrela Ômicron (Ômicron de Touro) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database.

Eclíptica Solar O Sol é visto da Terra na esfera celeste. Cada dia ele ocupa uma posição ao longo de uma região da esfera celeste, percorrendo um arco completo ao longo de um ano solar. As regiões da esfera celeste onde ele é observado foram nomeadas de constelações zodiacais. Escorpião é uma delas, com o Sol cruzando a região na altura de suas duas garras. Nas imagens abaixo, geradas através do software de astronomia Stellarium, veja dois momentos da trajetória do Sol na linha imaginária que chamamos de Eclíptica: Sol em Libra e seguindo em direção à constelação de Escorpião/ Planetário Stellarium. Sol visto na constelação de Escorpião/ Planetário Stellarium. A atual região da esfera celeste demarcada como Escorpião é cruzada pela Ecliptica Solar em uma pequena região entre suas duas garras. E o Sol permanece visto dentro dessa área por um período de cerca de sete dias. A região faz fronteira com Libra (antes) e Ofiúco (depois). O Sol, vindo da região de Libra, "entra" na região de Escorpião por sua garra direita, em algum horário do dia 23 de novembro. O Sol saindo da região da Constelação de Escorpião pela sua garra esquerda por volta do dia 30 de novembro. E penetrando na região atualmente pertencente à 13a. Constelação Zodiacal: Ofiúco.

Rigel (Beta Orionis) Raio: 61,18 vezes o raio do Sol. Distância: 862,87 anos-luz de distância da Terra. Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Rigel (Beta Orionis) Raio: 61,18 vezes o raio do Sol. Distância: 862,87 anos-luz de distância da Terra. Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Nebulosa De Mairan (Messier 43) Distância: 1600 anos-luz de distância da Terra Nomeada em homenagem ao astrônomo francês Jean-Jacques d'Ortous de Mairan, que a descobriu em 1731, trata-se de uma nebulosa de reflexão e emissão. Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Messier 43. Fonte: Stellarium.

Nebulosa de Orion (Messier 42) Distância: 1344,91 anos-luz da Terra. Localização: Situada próxima à estrela Nu Orionis, na constelação de Órion. Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Messier 42. Fonte Planetário Stellarium Foi descoberta por Nicholas-Claude de Peiresc, em 1619. A Nebulosa de Órion é uma nebulosa de emissão, que gera sua própria luz, e uma nebulosa de reflexão, que reflete a luz de uma fonte próxima.

Banard 33 ou Nebulosa Cabeça de Cavalo Distância: 1.500 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database A Nebulosa Cabeça de Cavalo (NGC2023) é uma das nebulosas mais famosas e reconhecíveis do cosmo. É referido como uma nebulosa escura. Seu nome vem de uma pequena mancha escura na região que se assemelha a uma cabeça de cavalo.A Cabeça de Cavalo foi descoberta pelo astrônomo escocês Williamina Fleming, em 1888, e está inserida em uma pequena área dentro da nebulosa maior. Essa nuvem é tão espessa e densa que obscurece as estrelas que residem atrás delaFonte: Universeguide.

Saiph (Kappa Orionis) Raio: 7,64 vezes o raio do Sol Distância: 647,15 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Mintaka (Delta Orionis) Raio: 6,84 vezes o raio do Sol Distância: 692,49 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Atronomical Database

Alnitak (Zeta Orionis) Raio: 7,61 vezes o tamanho do Sol Distância: 736,26 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Atronomical Database

Nebulosa da Chama (NGC 2024) Distância: 1.400 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Nebulosa da Chama. Fonte: Stellarium. A Nebulosa da Chama, também conhecida como NGC 2024, é uma nebulosa de emissão - uma nuvem de gás ionizado por estrelas quentes e jovens que emitem luz de várias cores. A estrela mais próxima da NGC 2024 é Alnitak.

Nebulosa de reflexão (Messier 78) Distância: 1,6 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database Messier 78. Fonte Planetário Stellarium. Descoberta pelo astrônomo francês Pierre François André Méchain, em 1780, esta nebulosa é bastante brilhante e pode ser observada com telescópios amadores de pequeno porte. As nebulosas de reflexão são nuvens de poeira capazes de refletir a luz de uma ou mais estrelas vizinhas. Apesar de não serem quentes o suficiente como as nebulosas de emissão, essas regiões são brilhantes o suficiente para tornarem o gás visível.

Belatriz (Gamma Orionis) Raio: 3,18 vezes o raio do Sol Distância: 242,45 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Tabit (Pi Orionis 1) Raio: 1,41 vezes o raio do Sol Distância: 26,32 anos-luz de distância da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Aglomerado aberto de estrelas (NGC 1662) Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database NGC 1662. Fonte: Planetário Stellarium. NGC 1662 é um aglomerado aberto na direção da constelação de Órion. O objeto foi descoberto pelo astrônomo William Herschel, em 1784.

Alnilam (Epsilon Orionis) Raio: 23,2 vezes o raio do Sol. Distância: 1976,75 anos luz da Terra. Localização: Aladin Sky Atlas / SIMBAD Atronomical Database

Nu Orionis Raio: 3,19 vezes o raio do Sol Distância: 516,08 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Meissa (Lambda Orionis) Raio: 7,06 vezes o raio do Sol Distância: 1098,19 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

NGC 2244: Nebulosa da Rosetta

Betelgeuse (Alpha Orionis) Raio: 764 vezes o raio do Sol Distância: 497,96 anos-luz da Terra Aladin Sky Atlas / SIMBAD Astronomical Database

Tapi'i Rainhykã (tupi) - Queixada da Anta A Queixada da Anta ocupa a região da Cabeça do Homem Velho. A constelação de Tapi'i Rainhykã, que significa Queixada da Anta, também simbolizava o início das chuvas para os tupinambás, no norte do país. A constelação ocupa o espaço no firmamento que conhecemos como o Aglomerado de Estrelas das Hyades - a bochecha do Homem Velho.

Joykexo representa uma linda mulher, como um símbolo de fertilidade na cultura indígena. Essa constelação servia como orientação geográfica, pois ela nasce exatamente no leste, e se põe exatamente à oeste. Constelação Joyjeko nascendo bem sobre o ponto cardeal Leste. Constelação Joyjeko se pondo sobre o ponto cardeal Oeste. Uma de suas estrelas está bem próxima da linha do Equador Celeste. Joykexo, além de ser o símbolo da fertilidade, também representa o caminho dos mortos. Joykexo é representada pelas estrelas que formam o Cinturão da Constelação Ocidental de Orion - conhecidas como as 3 Marias.

Linha do Equador Celeste Linha imaginária (em verde) que sempre conecta os pontos cardeais Leste e Oeste, dividindo a esfera celeste nos hemisférios celestes norte e sul. A Constelação Joyjeko, formada pelas estrelas das 3 Marias, fica bem próxima dessa linha - o que faz com que essas estrelas sempre nasçam próximas do ponto cardeal leste e se ponham próximas do ponto cardeal Oeste.

Asterismo da Constelação Tupi Guarani do Homem Velho Temos duas descrições diferentes da Constelação do Homem Velho realizadas a partir de pesquisas realizadas com diferentes grupos indígenas. Apresentamos aqui as duas versões, pois representam descrições locais culturais dos povos originários entrevistados. Descrição do Prof. Germano Bruno Afonso (2005) O aglomerado estelar das Plêiades representa o penacho no alto da cabeça do Homem Velho.Logo abaixo, o aglomerado estelar das Híades formam a cabeça do Homem Velho, onde tambémse encontra a estrela alfa de Touro (Aldebarã), a estrela avermelhada mais brilhante da constelaçãoocidental de Touro, que dá início ao pescoço do homem velho, terminando na estrela ο2 Orionis, deonde partem seus braços. O Homem Velho segura a bengala com o braço direito, do lado da perna cortada. A extremidade final do braço direito é marcado pela estrela Zeta de Touro.O braço esquerdo é formado por estrelas do escudo de Órion, terminando em Pi6 de Órion. Na mãodireita, o Homem Velho segura um bastão para se equilibrar, que vai de Pi5 de Órion até Beta deÓrion (Rigel). A virilha do Homem Velho é marcada pela estrela Gama de Órion (γ Orionis, Bellatrix).E o local onde sua perna foi cortada é representada pela estrela vermelha Alfa de Órion (αOrionis, Betelgeuse).O joelho da perna sadia é representado pelo Cinturão de Órion (Três Marias), formado pelas estrelasDelta de Órion (δ Orionis, Mintaka), Épsilon de Órion (ε Orionis, Alnilam) e Zeta de Órion (ζ Orionis,Alnitak).E o seu pé é marcado pela estrela Kappa de Órion, (κ Orionis, Saiph).Segundo Germano Afonso, essa região contém outras três constelações indígenas Guaranis: Eixu(Plêiades), Tapi’i rainhykã (Híades, incluindo Aldebarã) e Joykexo (Cinturão de Órion, tambémconhecido como as Três Marias). Bengala: No Braço Esquerdo ou Direito?Entretanto, há relatos e ilustrações que consideram o bastão do Homem Velho segurado pelo braçoesquerdo, como pode ser visto no vídeo documentário da TV Unesp, contado pelo pesquisadorRodolfo Langhi. O Stellarium adota essa interpretação dos relatos em seu asterismo. A principal divergência é quanto aos braços e a posição da bengala. Saiba mais sobre as estrelas dos asterismos do Homem Velho nos artigos do Prof. Germano Bruno Afonso, clicando aqui.

QUANDO A NOITE É MAIS PYTUNA [...] Olha! Mira o verão amazônico! Em noite pytuna, a Canoa ancestral e a constelação da Garça anunciam a fartura de peixe. O pajé canta pra segurar o céu e conta que no meio da noite pytuna o Homem Velho da constelação saúda os parentes do Sul E quando o dia é igual à noite o outono vem no desapego de tudo como sempre foi e é ainda pela noite mais pytuna. Na leitura do céu. em tempo de inverno os pajés contam que a Via Láctea é a morada dos deuses pela noite mais pytuna E que os filhos e filhas da Terra têm seus parentes celestes desde sempre à luz da história pelas noites pytunas. A vida segue e a memória em nós tece a alma da palavra ancestral no meio da noite mais pytuna * pytuna = significa noite, na língua Tupi. Leia e escute o poema completo em https://ims.com.br/convida/graca-grauna/ Indígena potiguara, Graça Graúna (Maria das Graças Ferreira). Escritora, poeta e crítica literária, doutora em Letras pela UFPE e pós doutora em Literatura, Educação e Direitos Indígenas pela UMESP. Coordena o blog Tecido de Vozes. MITO DO HOMEM VELHO No mito guarani, essa constelação representa um homem idoso que se casou com uma mulher bemmais jovem. A esposa do Homem Velho, interessada no seu cunhado que era tão jovem quanto ela, briga com o marido e acaba matando o marido velho, cortando a sua perna direita. Os deuses ficaram tão comovidos com a história do Homem Velho que o transformaram em uma grande constelação que marca as noites da estação do verão austral..

c2

Homem Velho

Tuya'i, Tuivaé

QUANDO A NOITE É MAIS PYTUNA [...] Olha! Mira o verão amazônico! Em noite pytuna, a Canoa ancestral e a constelação da Garça anunciam a fartura de peixe. O pajé canta pra segurar o céu e conta que no meio da noite pytuna o Homem Velho da constelação saúda os parentes do Sul E quando o dia é igual à noite o outono vem no desapego de tudo como sempre foi e é ainda pela noite mais pytuna. Na leitura do céu. em tempo de inverno os pajés contam que a Via Láctea é a morada dos deuses pela noite mais pytuna E que os filhos e filhas da Terra têm seus parentes celestes desde sempre à luz da história pelas noites pytunas. A vida segue e a memória em nós tece a alma da palavra ancestral no meio da noite mais pytuna * pytuna = significa noite, na língua Tupi. Leia e escute o poema completo em https://ims.com.br/convida/graca-grauna/ Indígena potiguara, Graça Graúna (Maria das Graças Ferreira). Escritora, poeta e crítica literária, doutora em Letras pela UFPE e pós doutora em Literatura, Educação e Direitos Indígenas pela UMESP. Coordena o blog Tecido de Vozes. MITO DO HOMEM VELHO No mito guarani, essa constelação representa um homem idoso que se casou com uma mulher bemmais jovem. A esposa do Homem Velho, interessada no seu cunhado que era tão jovem quanto ela, briga com o marido e acaba matando o marido velho, cortando a sua perna direita. Os deuses ficaram tão comovidos com a história do Homem Velho que o transformaram em uma grande constelação que marca as noites da estação do verão austral..

Homem Velho

Tuya'i, Tuivaé

c1

QUANDO A NOITE É MAIS PYTUNA [...] Olha! Mira o verão amazônico! Em noite pytuna, a Canoa ancestral e a constelação da Garça anunciam a fartura de peixe. O pajé canta pra segurar o céu e conta que no meio da noite pytuna o Homem Velho da constelação saúda os parentes do Sul E quando o dia é igual à noite o outono vem no desapego de tudo como sempre foi e é ainda pela noite mais pytuna. Na leitura do céu. em tempo de inverno os pajés contam que a Via Láctea é a morada dos deuses pela noite mais pytuna E que os filhos e filhas da Terra têm seus parentes celestes desde sempre à luz da história pelas noites pytunas. A vida segue e a memória em nós tece a alma da palavra ancestral no meio da noite mais pytuna * pytuna = significa noite, na língua Tupi. Leia e escute o poema completo em https://ims.com.br/convida/graca-grauna/ Indígena potiguara, Graça Graúna (Maria das Graças Ferreira). Escritora, poeta e crítica literária, doutora em Letras pela UFPE e pós doutora em Literatura, Educação e Direitos Indígenas pela UMESP. Coordena o blog Tecido de Vozes. MITO DO HOMEM VELHO No mito guarani, essa constelação representa um homem idoso que se casou com uma mulher bemmais jovem. A esposa do Homem Velho, interessada no seu cunhado que era tão jovem quanto ela, briga com o marido e acaba matando o marido velho, cortando a sua perna direita. Os deuses ficaram tão comovidos com a história do Homem Velho que o transformaram em uma grande constelação que marca as noites da estação do verão austral..