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10/05/2045

André KotsGonçalo AlvesRodrigo FranciscoSimão Martins

Sem Barreiras

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Como a política "sem barreiras" alterou o ciclo de fluxos migratórios existentes há mais de meio século. Testemunhos e citações.

Nkosi Gama, 32 anos

A nova política “Sem Barreiras” surgiu através de uma ideia de Nkosi Gama, um cidadão do Guiné-Equatorial que, assim como muitos dos seus compatriotas, se viu obrigado a emigrar para a Europa. Lá, Nkosi que tinha formação em economia e cuja única língua que falava era o francês, dirigiu-se até França onde começou a trabalhar no Banque de France inicialmente no atendimento ao público, passando posteriormente a gestor de equipa. Nkosi estava bem e estabelecido em França, no entanto havia algo que não o deixava sossegar. Este sentia constantemente falta da sua família e não se conseguia contentar com o porquê de não existirem oportunidades no seu país de origem. Foi então que surgiu a Nkosi a ideia “Sem Barreiras”. Esta ideia consiste em atribuir benefícios fiscais a empresas que pretendam fixar-se em países em desenvolvimento. A ideia era simples e Nkosi pensou inclusivamente num plano de execução. Estas empresas iriam buscar trabalhadores de nacionalidades dos países onde se queriam fixar, encarregando estes trabalhadores de dar formação aos seus compatriotas. Estas novas empresas iriam assim ajudar tanto a desenvolver a economia local como a aumentar as oportunidades de trabalho destas regiões.

"Formação dos futuros trabalhadores da Microsoft Gana"

A ideia foi partilhada, e não demorou muito até que inúmeros economistas escrevem artigos de opinião sobre esta. Alguns a favor outros contra, mas assim que a presidente da ONU Charlotte Joseph a ouviu, esta considerou-a interessante e convocou Nkosi para uma reunião. Longas horas se passaram e finalmente foi chegado a um acordo. Inicialmente iriam ser atribuídos benefícios fiscais ao Quénia, Moçambique e Costa do Marfim e caso corresse bem, esta política iria ser testada noutros países e noutros continentes. Passaram-se anos a política demonstrou-se num sucesso e está até hoje a ser utilizada por diversos países em desenvolvimento.

Kwame Appiah, 27 anos

Kwame Appiah, é um jovem de 27 anos originário do Gana. Este enfrentava bastantes dificuldades em encontrar emprego no seu país de origem onde, apesar da sua formação e capacidades, as oportunidades de trabalho eram escassas. Viu-se então obrigado a procurar novas oportunidades noutro país africano, Moçambique. Em Moçambique, uma nova lei global que oferecia benefícios fiscais para empresas estrangeiras estabelecidas em países em desenvolvimento tinha sido aprovada. Entre essas empresas, estava uma empresa portuguesa líder no setor de tecnologia e desenvolvimento de infraestruturas. A empresa estava em expansão e desejava contratar profissionais qualificados para dar formação aos seus futuros trabalhadores. Após passar por um processo seletivo rigoroso, Kwame foi contratado como engenheiro de softwares. Ao entrar conheceu Ibrahim, com o qual deu formação a novos trabalhadores com menos capacidades. Através desta nova lei foi possível desenvolver o setor terciário em Moçambique, ajudando ainda os novos trabalhadores a sentirem-se mais confortáveis pois tinham um sentimento de pertença.

Kwesi Essifie, 34 anos

Kwesi Essifie é um jovem africano natural da Nigéria com pouca formação e que apesar de ter um emprego no seu país de origem decidiu emigrar para o continente europeu em busca de melhores oportunidades. Ao chegar ao Reino Unido recebeu formação, mas as barreiras culturais e o preconceito dificultavam a criação de laços significativos. Após um tempo de luta e frustração, Kwesi descobriu que a sua empresa no Reino Unido pretendia abrir uma sede no seu país de origem devido a uma nova lei que favorecia empresas estrangeiras em Paises em desenvolvimento, apressou-se e pediu transferência. Assim, juntamente com outros colegas, começou a dar formação a jovens nigerianos que queriam entrar na empresa. Devido à aplicação desta nova lei internacional Kwesi conseguiu voltar ao seu país de origem, sentir-se melhor psicologicamente, pois não sofria preconceito por ser estrangeiro e ensinar jovens nigerianos o que tinha aprendido na Europa.

Família Jones em 2027 (ainda no Quénia)

A famila Jones é uma das milhares de familas que teve que sair do Quénia devido há falta de oportunidades de trabalho e ao agravamento da crise económica sentida na região. Esta familia tradicional composta pelo senhor Jones, a sua mulher e os seus dois filhos, viviam numa cidade portuária a leste de Nairóbi. Trabalhavam ambos no mercado local a vender peixe e os filhos andavam na escola. Com o agravamento da situação económica tomaram a decisão de abandonar o país. Pensaram nalguns países para os quais poderiam ir. Pensaram na Tanzânia, Moçambique ou algo mais radical, abandonarem o continente africano e irem para Inglaterra uma vez que a sua língua materna era o inglês, tinham algumas possibilidades económicas e conheciam pessoas que já lá estavam a viver e que os poderiam ajudar a adaptarem-se. Acabaram por tomar essa decisão e assim partiram para a Europa há procura de uma nova vida.

Abu Jones, 26 anos

Passaram-se 10 anos e o filho mais velho do Sr. Jones acabou o mestrado em gestão e está a trabalhar numa das maiores empresas inglesas que tem várias filiais espalhadas por diversos países. O governo do Quénia soube que Abu, filho do Sr. Jones, era um dos atuais chefes da parte de investimento dessa empresa e viu a oportunidade de contactá-lo para uma reunião. Esta reunião tinha como propósito criar uma filial no Quénia, que desse formação aos alunos de último ano da faculdade de Economia e Gestão de Nairóbi assim como aos pequenos investidores da cidade, contribuindo para o crescimento da economia local e evitar que estes empreendedores saissem do país. Quem iria ficar encarregue por este projeto seria Abu uma vez que mantinha uma relação especial com o país e tinha conhecimento sobre as necessidades do mesmo. Assim que ficou acordado entre o governo quéniano e a empresa, a familia Jones viu a oportunidade de regressar a casa e decidiu fazê-lo. Devido aos investimentos que foram feitos pelo governo e pelas novas empresas surgiram inúmeras oportunidades de emprego, o que dinamizou brutalmente a economia do Quénia.

Citações marcantes:

"O meu povo já não sofre por falta de oportunidades de emprego visto que inúmeras empresas aproveitaram estes benefícios fiscais que por sua vez levaram ao desenvolveimento e à dinamização da economia dos Camarões" - Samuel Eto'o, ministro da economia dos Camarões

"Esta política permitiu a criação de um equilíbrio regional já que as pessoas já não precisam de migrar nem de procurar emprego fora do seu país Natal" - Mohammed Salah, presidente do Egito

"À conta desta ideia os paíse em desenvolvimento tiveram uma grande progressão económica, alterando a sua estrutura e permitindo o aparecimento de muitas mini empresas, evitando o aparecimento de monopólios" - Sadio Kape, ministro da finanças do Senegal

"Devido a este projeto, a economia de Odienne cresceu tornando-se numa área turística e ajudando a desenvolver a região passando de aproximadamente 50 mil habitandes em 2022 para quase 240 mil habitantes em 2030" - Raheem Knigh, Secretário de estado da Islândia

“Graças a esta ideia, as economias dos países em desenvolvimento encontram-se agora numa constante expansão e os fluxos migratórios estão mais equilibrados do que nunca” - George Kane, primeiro-ministro do Reino Unido

photography: Thought Catalog

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