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  • Inês Pires  nº7
  • Lara Gonçalves nª11
  • Lara Pereira nª12
  • Maria Gonçalves nª13
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  • Inês Pires nº7
  • Lara Gonçalves nª11
  • Lara Pereira nª12
  • Maria Gonçalves nª13

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"Jantar no Hotel Central"

Esquecida a bancarrota, a invasão e a pátria, o jantar estava prestes a terminar, quando Alencar e Ega entraram em conflituo a propósito da poesia moderna de Simão Craveiro. Mas Cohen chama a atenção de Ega e ambos fazem as pazes e brindam com um copo de champanhe, esquecendo o que aconteceu.

Pouco tempo depois, a porta abriu-se e Cohen desculpando-se pelo atraso foi apresentado, por Ega, a Carlos. Deu-se início ao jantar, com ostras e vinho, falava-se do crime da Mouraria, que “parecia a Carlos merecer um estudo, um romance”. Isto levou a que se falasse do Realismo. Alencar suplicou que se não discutisse “literatura «latrinária»”, [...] que se não mencionasse o «excremento»”. “Pobre Alencar!” Homem que tivera em tempos uma vida carregada de adultérios, tornava-se agora num defensor da Moral, no entanto a sociedade não o ouvia, via-se apenas confrontado com ideias absurdas defendidas pelos Naturalistas/Realistas. Carlos posiciona-se na conversa contra o realismo. Ega reage às críticas e defende arduamente os princípios do Realismo. Cohen mantinha-se superior a esta conversa, vendo isto, Ega muda de assunto. “Então, Cohen, diga-nos você, conte-nos cá... O empréstimo faz-se ou não se faz?” ao que Cohen respondeu ser imprescindível, pois o empréstimo constituía uma fonte de receita, aliás a “única ocupação mesmo dos ministérios era esta – «cobrar o imposto» e «fazer o empréstimo». Do ponto de vista de Carlos, assim o “país ia alegremente e lindamente para a bancarrota”. Cohen concordava, mas isso era inevitável. Por oposição, Ega defende que o que convinha a Portugal era uma revolução, para eliminar “a monarquia que lhe representa o «calote», e com ela o crasso pessoal do constitucionalismo.” Ega imbatível, aposta numa invasão espanhola, deste modo recomeçava-se “uma história nova, um outro Portugal, um Portugal sério e inteligente, forte e decente, estudado, pensado e fazendo civilizações como outrora...”. Os restantes já planeavam a resistência, porém Alencar era um “patriota è antiga”, totalmente contra esta ideia.

Carlos e Craft encontram-se no peristilo do Hotel Central, antes do jantar, quando vêem chegar Maria Eduarda. Subiram até um gabinete, onde Carlos foi apresentado a Dâmaso, este conhecia aquela mulher, pertencia à família Castro Gomes. Dâmaso falava sobre a sua preferência por Paris, “aquilo é que é terra”, ele até lá tinha um tio, o tio Guimarães, quando apareceu “o nosso poeta”, Tomás de Alencar. Por intermédio de Ega foi apresentado a Carlos.

Resumo do episódio

  • Dá-se a conhecer pela primeira vez há sociedade, no entanto afasta-se da conversa comentando alguns aspetos.
  • Apresenta-se também como defensor das ideias romanticas, bem um pouco patriota "ninguém hé-de fugir, e há-de-se morrer bem".
Carlos da Maia

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Caracterização das personagens:

  • Este personagem é caracterizado como "homem ideal". Pouco se sabe sobre ele neste episódio, apenas que é inglês, tendo uma educação à inglesa.
  • Tinha uma aparência fria, musculada de atleta, era calmo, sereno, excêntrico, viajado e rico.
  • Quase não participa nas conversas, reage de forma "impassível", contudo é a favor da resistência aos espanhois, quando concorda em organizar uma guerrilha com Ega.
Craft
  • Era baixo e gordo, "trisado como um noivo de província" e vestia-se de modo ridículo.
  • Representava os defeitos da sociedade, era presumido, cobarde e sem dignidade, e aparentava ao mesmo tempo um ar elegante e chique, acompanhando também todos os movimentos de Carlos, dando-lhe grande importância para que o possa imitar perante a sociedade e assim ganhar um estatuto digno e respeitado.
Dâmaso Salcede
  • Era um homem de estatura baixa, "apurado, de olhos bonitos, suiças tão pretas e luzidias" e com "bonitos dentes".
  • Destacou então no jantar o seu papel na sociedade com a sua posição superior.
Jacob Cohen
  • Era uma "figura esgrouviada e seca", com "os pelos do bigode arrebitados", "com nariz adunco, um quadrado de vidro entalado no olho direito".
  • Amigo íntimo de Carlos, sendo o que mais intervinha neste capitulo, sendo defensor das ideias Naturalistas/Realistas.
  • Exagerava nos seus argumentos para fundamentar e defender as suas opiniões.
João da Ega
  • Era um homem alto, de face escaveirada, nariz aquilino, "longos, espessos, romênticos bigodes grisalhos", calvo na frente, dentes estragados e íntimo de Pedro da Maia.
  • Considerava-se um típico poeta português defensor do ultrarromântismo, autor de "vozes de Aurora" e "Elvira"
Tomás de Alencar
  • Naturalismo/Realismo
  • Finanças
  • História Política
aspetos críticados no mesmo:
  1. A literatura e a crítica literária
  2. Finanças
  3. História política
Temas tratados no Jantar:
  • Homenagear Jacob Cohen
  • Proporcionar a Carlos o primeiro contacto com a sociedade lisboeta e o encontro de Carlos com Maria Eduarda
  • Apresentar a visão critica de alguns problemas.
Objetivos do episódio:

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A Bancarrota é outro tema tratado neste jantar que também gerou alguma polémica, tendo sido apresentada como solução a Invasão Espanhola. Ora esta invasão Espanhola iria ter consequências em Portugal, entre as quais: a renovação de Portugal a vários níveis, afastamento da Monarquia e a Implantação Da Republica. Segundo Ega, uma invasão seria a solução para a bancarrota e deste modo Portugal sairia revolucionado.

História política

A bancarrota é um dos assuntos polémicos, que critica de forma irónica o país. Identificámos como principais intervenientes e que geram uma maior desordem (neste assunto), João da Ega e Cohen.

Finanças

Quanto à Literatura e à crítica literária, houve uma grande discussão entre João da Ega, que defendia o Naturalismo/Realismo e Tomás de Alencar que defendia o Ultra-Romantismo. Estes dois movimentos literários divergem frequentemente ao longo do jantar.

A literatura e a crítica literária

Temas tratados

Tomás de Alencar, designa o realismo/naturalismo por "literatura latrinária", "excremento", e ainda acusa o naturalismo de publicar "rudes análises, apoderando-se da igreja, da realeza, da burocraciada finança".Acusa o naturalismo de ser uma ameaça ao pudor social "o naturalismo...ameaçava corromper o pudor social?".Carlos da Maia considera que o "o mais intolerável no realismo, eram os seus grandes ares cientificos..."Craft "não admitia também o naturalismo, a realidade feia das coisas e da sociedade estatelada num livro."

Naturalismo/Realismo

Aspectos criticados

Ega defende a invasão espanhola, e no decorrer da conversa esta faz uma critíca à raça portuguesa, afirmando que é a mais cobarde e miserável da Europa "Lisboa é Portugal! Fora de Lisboa não há nada."

História política

A personagem Jacob Cohen é descrita de forma irónica, pois tendo responsabilidades pelo cargo que desempenha, afirma alegremente que o país vai direitinho para a bancarrota "num golpezinho muito seguro e muito direito". Assim a autora pretende satirizar todos que ocupam um cargo superior e que se aproveitam disso, sendo calculistas e cinícos.

Finanças

Exemplo- "...estava mostrando a Craft..." ; "...fora comprando, descobrindo..." ; "...conversando com um rapaz baixote..."

Utilização do gerúndio

Exemplo- "Carlos, tranquilamente, ofereceu dez tostões" ; "...mas horrivelmente suja..." ; "...maravilhosamente bem feita..."

Uso expressivo do advérbio de modo

Exemplo- "um esplêndido preto (...)uma deliciosa cadelinha escocesa"

Uso expressivo do adjetivo

Exemplo- "Fora de um dia de inverno suave.."

Hipálage

Recursos expressivos:

https://youtu.be/rjZ_zQb4er4

Fim!

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