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As Mulheres na revolução francesa

Mulheres na Revolução Francesa (1789)

AEJAC, Projeto da turma 11º C3 no âmbito da disciplina de História A Ano letivo de 2022-23

Delacroix, Liberdade Guiando o povo, (1830) Apesar deste quadro ser considerado, muitas vezes, como um símbolo da Revolução Francesa de 1789, de facto, foi pintado por Delacroix para celebrar uma outra revolução, de 1830. Esta associação à Revolução Francesa deriva do facto de a figura central do quadro usar um barrete frígio, símbolo da liberdade durante aquele período e empunhar a bandeira tricolor. Atualmente, o quadro de Delacroix é visto como um símbolo da Liberdade e da emancipação feminina. A mulher, em primeiro plano, guia o povo por cima dos corpos que se amontoam, seguida por um menino do povo, de boina, que empunha duas pistolas.

Subtítulo

Élisabeth Louise Vigée Le Brun A Pintora do Regime

Élisabeth Louise Vigée Le Brun nasceu em 16 de abril de 1755, em França. A pintora ficou conhecida pelas suas obras, tornando-se uma das mais apreciadas artistas da França. Em 1774, a jovem artista foi aceite como membro na prestigiada Associação de Pintores da Académie de Saint-Luc. Quando começou a ficar famosa, Elisabeth foi convidada pelo Palácio de Versalhes para pintar um retrato da rainha, Maria Antonieta. A satisfação foi tanta, que a artista acabou por trabalhar durante seis anos para a família real, pintando mais de trinta retratos da rainha com sua família. Elisabeth tornou-se a retratista da família real, em especial da rainha. As suas obras foram de extrema importância, pois foram elas que ajudaram a suavizar a imagem de Maria Antonieta aos olhos do povo, que a criticava, entre outras coisas, por ser carinhosa demais com os seus filhos. Durante a Revolução Francesa, Elisabeth Louise Vigée Lebrun temia pela sua segurança em Paris como pessoa próxima da família real e fugiu para a Itália com a filha e uma governanta. No ano de 1842, Elisabeth veio a falecer devido a arteriosclerose, doença relacionada ao coração. Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Olympe de Gouges

A Feminista

Olympe de Gouges, dramaturga e revolucionária francesa de nome verdadeiro Marie Gouze, nasceu a 7 de maio de 1748 em Montauban. Esta foi uma figura feminina essencial na emancipação dos direitos da mulher. Em 1791 publicou a sua própria declaração da mulher em resposta à declaração dos direitos do homem e cidadão, que não incluíam a mulher em nenhum dos seus artigos. Olympe de Gouges defendia que se as mulheres podiam ser rebaixadas e mal tratadas, da mesma forma tinham direito a subir na tribuna política. “Mães, filhas, irmãs, mulheres representantes da nação reivindicam constituir-se em uma assembleia nacional.(...) Em consequência, o sexo que é superior em beleza, como em coragem, em meio aos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em presença, e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos da mulher e da cidadã: Art. I - A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser baseadas no interesse comum. Art. VI - A lei deve ser a expressão da vontade geral: todas as cidadãs e cidadãos devem concorrer pessoalmente ou com seus representantes para sua formação; ela deve ser igual para todos. Todas as cidadãs e cidadãos, sendo iguais aos olhos da lei, devem ser igualmente admitidos a todas as dignidades, postos e empregos públicos, segundo as suas capacidades e sem outra distinção a não ser suas virtudes e seus talentos. Art. XIII - Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, as contribuições da mulher e do homem serão iguais; ela participa de todos os trabalhos ingratos, de todas as fadigas, deve então participar também da distribuição dos postos, dos empregos, dos cargos, das dignidades e da indústria. “ A publicação da Declaração dos Direitos da Mulher não teve o efeito que Olympe de Gouges desejava, o assunto nem foi mencionado em assembleia. Para além da Declaração dos Direitos da Mulher, Olympe de Gouges escreveu uma obra teatral sobre a igualdade racial, em defesa dos escravos. A gota de água para que fosse presa foi a distribuição de um folhetim incendiário chamado As Três Urnas, onde incentivava os franceses a votar para decidir qual a forma de governo mais favorável para eles: uma república unitária, um sistema federativo ou uma monarquia constitucional. Em consequência Olympe de Gouges foi detida e acusada de insurreição e acabou por ser condenada à morte pela guilhotina a 3 de novembro de 1793, com 45 anos de idade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Olympe_de_Gouges https://www.bbc.com/portuguese/geral-62210363 https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/414/2018/10/DeclaraDirMulherCidada1791RecDidaPESSOALJNETO.pdf

Em 1791 Marie de Gouges propõe uma Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã para igualar-se à outra do homem, aprovada pela Assembleia Nacional. Girondina (fação moderada da revolução) ,onde se opõe abertamente a Robespierre ( radical). Acaba por ser guilhotinada em 1793, condenada como contra-revolucionária e denunciada como uma mulher "desnaturada". PREÂMBULO Mães, filhas, irmãs, mulheres representantes da nação reivindicam constituir-se em uma assembleia nacional. Considerando que a ignorância, o menosprezo e a ofensa aos direitos da mulher são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção no governo, resolvem expor em uma declaração solene, os direitos naturais, inalienáveis e sagrados da mulher. Assim, que esta declaração possa lembrar sempre, a todos os membros do corpo social seus direitos e seus deveres; que, para gozar de confiança, ao ser comparado com o fim de toda e qualquer instituição política, os atos de poder de homens e de mulheres devem ser inteiramente respeitados; e, que, para serem fundamentadas, doravante, em princípios simples e incontestáveis, as reivindicações das cidadãs devem sempre respeitar a constituição, os bons costumes e o bem-estar geral. Em consequência, o sexo que é superior em beleza, como em coragem, em meio aos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em presença, e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos da mulher e da cidadã: Artigo 1º A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser baseadas no interesse comum. Artigo 2º O objeto de toda associação política é a conservação dos direitos imprescritíveis da mulher e do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão. Artigo 3º O princípio de toda soberania reside essencialmente na nação, que é a união da mulher e do homem nenhum organismo, nenhum indivíduo, pode exercer autoridade que não provenha expressamente deles. Artigo 4º A liberdade e a justiça consistem em restituir tudo aquilo que pertence a outros, assim, o único limite ao exercício dos direitos naturais da mulher, isto é, a perpétua tirania do homem, deve ser reformado pelas leis da natureza e da razão. Artigo 5º As leis da natureza e da razão proíbem todas as ações nocivas à sociedade. Tudo aquilo que não é proibido pelas leis sábias e divinas não pode ser impedido e ninguém pode ser constrangido a fazer aquilo que elas não ordenam. Artigo 6º A lei deve ser a expressão da vontade geral. Todas as cidadãs e cidadãos devem concorrer pessoalmente ou com seus representantes para sua formação; ela deve ser igual para todos. Todas as cidadãs e cidadãos, sendo iguais aos olhos da lei devem ser igualmente admitidos a todas as dignidades, postos e empregos públicos, segundo as suas capacidades e sem outra distinção a não ser suas virtudes e seus talentos. Artigo 7º Dela não se exclui nenhuma mulher. Esta é acusada., presa e detida nos casos estabelecidos pela lei. As mulheres obedecem, como os homens, a esta lei rigorosa. Artigo 8º A lei só deve estabelecer penas estritamente e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada anteriormente ao delito e legalmente aplicada às mulheres. Artigo 9º Sobre qualquer mulher declarada culpada a lei exerce todo o seu rigor. Artigo 10º Ninguém deve ser molestado por suas opiniões, mesmo de princípio. A mulher tem o direito de subir ao patíbulo, deve ter também o de subir ao pódio desde que as suas manifestações não perturbem a ordem pública estabelecida pela lei. Artigo 11º A livre comunicação de pensamentos e de opiniões é um dos direitos mais preciosos da mulher, já que essa liberdade assegura a legitimidade dos pais em relação aos filhos. Toda cidadã pode então dizer livremente: "Sou a mãe de um filho seu", sem que um preconceito bárbaro a force a esconder a verdade; sob pena de responder pelo abuso dessa liberdade nos casos estabelecidos pela lei. Artigo 12º É necessário garantir principalmente os direitos da mulher e da cidadã; essa garantia deve ser instituída em favor de todos e não só daqueles às quais é assegurada. Artigo 13º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, as contribuições da mulher e do homem serão iguais; ela participa de todos os trabalhos ingratos, de todas as fadigas, deve então participar também da distribuição dos postos, dos empregos, dos cargos, das dignidades e da indústria. Artigo 14º As cidadãs e os cidadãos têm o direito de constatar por si próprios ou por seus representantes a necessidade da contribuição pública. As cidadãs só podem aderir a ela com a aceitação de uma divisão igual, não só nos bens, mas também na administração pública, e determinar a quantia, o tributável, a cobrança e a duração do imposto. Artigo 15º O conjunto de mulheres igualadas aos homens para a taxação tem o mesmo direito de pedir contas da sua administração a todo agente público. Artigo 16º Toda sociedade em que a garantia dos direitos não é assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não tem Constituição. A Constituição é nula se a maioria dos indivíduos que compõem a nação não cooperou na sua redação. Artigo 17º As propriedades são de todos os sexos juntos ou separados; para cada um deles elas têm direito inviolável e sagrado. Ninguém pode ser privado delas como verdadeiro patrimônio da natureza, a não ser quando a necessidade pública, legalmente constatada o exija de modo evidente e com a condição de uma justa e preliminar indenização. CONCLUSÃO Mulher, desperta. A força da razão se faz escutar em todo o Universo. Reconhece teus direitos. O poderoso império da natureza não está mais envolto de preconceitos, de fanatismos, de superstições e de mentiras. A bandeira da verdade dissipou todas as nuvens da ignorância e da usurpação. O homem escravo multiplicou suas forças e teve necessidade de recorrer às tuas, para romper os seus ferros. Tornando-se livre, tornou-se injusto em relação à sua companheira. FORMULÁRIO PARA UM CONTRATO SOCIAL ENTRE HOMEM e MULHER Nós, __________ e ________ movidos por nosso próprio desejo, unimo-nos por toda nossa vida e pela duração de nossas inclinações mútuas sob as seguintes condições: Pretendemos e queremos fazer nossa uma propriedade comum saudável, reservando o direito de dividi-la em favor de nossos filhos e daqueles por quem tenhamos um amor especial, mutuamente reconhecendo que nossos bens pertencem diretamente a nossos filhos, de não importa que leito eles provenham (legítimos ou não)e que todos, sem distinção, têm o direito de ter o nome dos pais e das mães que os reconhecerem, e nós impomos a nós mesmos a obrigação de subscrever a lei que pune qualquer rejeição de filhos do seu próprio sangue (recusando o reconhecimento do filho ilegítimo). Da mesma forma nós nos obrigamos, em caso de separação, a dividir nossa fortuna, igualmente, e de separar a porção que a lei designa para nossos filhos. Em caso de união perfeita, aquele que morrer primeiro deixa metade de sua propriedade em favor dos filhos; e se não tiver filhos, o sobrevivente herdará, por direito, a menos que o que morreu tenha disposto sobre sua metade da propriedade comum em favor de alguém que julgar apropriado. (Ela, então, deve defender seu contrato contra as inevitáveis objeções dos "hipócritas, pretensos modestos, do clero e todo e qualquer infernal grupo"). http://www.historia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/fontes%20historicas/declaracao_direitos_mulher_cidada.pdf

Théroigne de Méricourt A Amazona

Théroigne de Méricourt, conhecida como a Amazona, nasceu em 1762 na Bélgica. Envolveu-se ativamente na revolução francesa, tendo participado na tomada da Bastilha ( prisão símbolo do poder absoluto arbitrário) a 14 de julho de 1789. Participou também na insurreição de 10 de agosto de 1792, uma guerra contra a Áustria (país de origem de Maria Antonieta que preparou uma invasão para repor o absolutismo), que levou ao fim da monarquia francesa. Foi então que avançou com a ideia de criar um exército de amazonas (Amazona é um vestuário feminino para andar a cavalo que consiste em uma saia longa ou um vestido longo e largo abotoado à frente com uma jaqueta curva), capacitadas o suficiente para lutar ao lado dos homens. (treinavam 2 a 3 vezes por semana nos campos Elíseos.) Participou ativamente na invasão ao Palácio de Tulherias (um grupo de "sans-culottes" invadiu o Palácio para ameaçar Luís XVI e Maria Antonieta). Mais tarde, foi acusada de apoiar Brissot, chefe dos Girondinos ( fação moderada da revolução) , e ela, sendo Jacobina ( fação radical) , não poderia fazê-lo. Por esse facto foi levada para os Jardins das Tulherias onde foi açoitada por mulheres Jacobinas. Tal ato e a sensação de uma revolução fracassada, deixaram-na afetada psicologicamente, fazendo com que ela passasse os últimos 23 anos da sua vida internada. Morreu em 1817, no Hospital da Salpêtrière, em França. informação acessível em Anne-Josèphe Théroigne de Méricourt — Wikipédia (wikipedia.org) Théroigne de Méricourt - Histoire analysée en images et œuvres d’art | https://histoire- image.org/

Madame de Polignac A amiga e confidente da rainha Maria Antonieta

Yolande Martine Gabrielle de Polastron, conhecida como Madame de Polignac, era originária de uma família nobre, mas sem grandes recursos financeiros, que aos dezoito anos, casou com o conde Jules de Polignac, um capitão do exército de onde resultaram quatro filhos. Em 1775, a Madame de Polignac foi apresentada à rainha de França durante um baile, no qual deu um recital que encantou Maria Antonieta. Uma vez que os Polignac não possuíam meios económicos a fim de pagar a extravagante vida em Versalhes, Maria Antonieta concedeu-lhes inúmeras pensões, cargos, títulos e favores tendo ainda em 1780, passando a duques de Polignac. Em 1786, Madame de Polignac foi nomeada para o cargo de Governante dos Filhos de França em e o marido recebeu o cargo de Marechal de França o cargo militar mais elevado. Tanto os cortesãos como o povo, acusavam Maria Antonieta de favorecer a Madame de Polignac. Cartazes com insultos a Gabrielle, circulavam por todo o país, acabando por denegrir toda a imagem de Versalhes. Com o início da revolução em 1789, os Polignac abandonaram Versalhes, sendo .dos primeiros aristocratas a emigrar. A duquesa de Polignac morreu na Áustria em dezembro de 1793, aos quarenta e quatro anos, pouco depois de saber da execução de Maria Antonieta. A família anunciou que ela havia morrido como resultado de desgosto e sofrimento.

Madame Roland A Republicana

Madame Roland nasceu no dia 17 de março de 1754 e morreu a 8 de Novembro de 1793, data em que foi executada na guilhotina. Madame Roland era casada com o mestre gravador parisiense (Jean-Marie Roland), oriunda, portanto, da burguesia . Desempenhou um papel importante nos primeiros anos da Revolução. Pronunciou inúmeros discursos na Academia de Ciências, Letras e Artes de Besançon sobre o papel das mulheres na sociedade. Uma das comunicações mais conhecida foi “Como é que a educação das mulheres pode contribuir para tornar os homens melhores” onde afirma que “As mulheres são seres doces, que sabem inspirar aqueles que as amam. Tem a delicadeza das flores que agradam pelo brilho. O primeiro efeito da sua influência aparece sobre a forma de emoções vivas e doces. As mulheres pagam com dores a glória de serem mães. Tem uma paciência inabalável que resiste até as maiores crises de desespero.” Foi executada na guilhotina, acusada de exercer uma forte influência sobre os girondinos, que protestaram intensamente contra os massacres de setembro de 1792. Na sequênccia destes protestos que Madame Roland foi julgada pelo tribunal e condenada à morte na guilhotina, durante a Convenção, conhecido como o período do Terror Bibliografia https://youtu.be/c6C42FLLaI0 https//pt.wikipedia.org/wiki/Manon_Roland

Charlotte Corday a assassina de Marat

Com uma guerra civil prestes a começar em França em 1791, Charlotte Corday , uma mulher de 24 anos , criada num convento , decidiu viajar até Paris com a missão de assassinar um dos principais líderes da Revolução Francesa, Jean-Paul Marat. Este era um jornalista jacobino ou seja um apoiante radical da Revolução Francesa , membro dum clube francês político revolucionário chamado O Clube Jacobino.Charlotte Corday era uma apoiante girondina ( fação moderada da revolução) , nobre, que achou que assassinar Marat seria um serviço ao seu país.Em 9 de julho de 1793, realizou então a sua viagem a Paris , arranjou um encontro com o jornalista e passados 4 dias , já na terceira tentativa, executou Marat. Apanhou-o fragilizado, em casa, com uma doença crónica da pele (Dermatite herpetiforme), pelo que estava na banheira enrolado de toalhas. Charlotte fez questão de o obrigar a citar nomes que o mesmo teria de guilhotinar no dia seguinte , porém , Charlotte esfaqueou-o no peito antes de ele ter essa oportunidade. Com tudo isto Marat foi idolatrado com glorioso , o herói do povo , sepultado com honras e em sua homenagem ficou com 21 cidades com o seu nome , enquanto Charlotte ficou vista como uma traidora sendo morta na guilhotina. A morte de Marat por Jacque Louis David (1793).