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Centenário do nascimento - escritor

Agrupamento de Escolas de constânciaEscola Básica e Secundária Luís de camõesBiblioteca escolar

José Saramago

16 de novembro 1922 – 18 de junho 2010

Info

Cronologia

Bibliografia

Prémio Nobel da Literatura

José saramago

4. A Jangada de Pedra - 1986

8. A Maior flor do mundo- 2001

14. Caim- 2009

13. A Viagem do Elefante - 2008

12. As Pequenas Memórias - 2006

Algumas obras de José Saramago na tua Biblioteca Escolar

11. As Intermitências da Morte - 2005

10. Ensaio sobre a Lucidez - 2004

9. O Homem Duplicado - 2002

7. O Conto da Ilha Desconhecida - 1997

6. Ensaio Sobre a Cegueira - 1995

5. O Evangelho Segundo Jesus Cristo - 1991

3. O Ano da Morte de Ricardo Reis - 1984

2. Memorial do Convento - 1982

1. Levantado do chão - 1980

Levantado do chão

O romance Levantado do Chão, de José Saramago, é fruto, conforme o próprio autor declara, de um sonho. O de falar sobre o Alentejo, os alentejanos e a sua luta pela sobrevivência. Sonho que o escritor concretizou e partilhou com o leitor, ao publicar, em 1981, este belo livro.Resultado de um autor e de um narrador principal empenhados, comprometidos e, por vezes, até intervenientes, o livro narra a "saga" de uma família rural alentejana durante os primeiros 75 anos do século XX.

Publicado em 1982, Memorial do Convento é o romance mais icónico de José Saramago. Traduzido em mais de 20 línguas, com mais de 50 edições, versa um tema recorrente na obra do escritor: a oposição entre ricos e pobres, exploradores e explorados. A ação decorre no século XVIII, durante o reinado de D. João V, rei que mandou construir o Convento de Mafra, obra gigantesca, financiada pelo ouro do Brasil, à época uma colónia do império português. A oposição entre a megalomania régia e a miséria do povo que construiu aquele monumento atravessa toda a obra, sob a pena mordaz de Saramago. E no meio, como não poderia deixar de ser, uma arrebatadora história de amor.

Memorial do Convento

vídeo

O ano da morte de Ricardo Reis é um romance escrito em 1984 por José Saramago cujo protagonista é o heterónimo Ricardo Reis de Fernando Pessoa.Na biografia de Ricardo Reis e de Álvaro de Campos, ao contrário da biografia de Alberto Caeiro, não constam as suas mortes. Por isso, após a morte de Fernando Pessoa, José Saramago aventurou-se a terminar a história de um deles.O autor cria a sua versão alternativa da história, a que poderia ter sido, fazendo uso de informações oficiais e misturando-as com fontes oficiosas.

O ano da morte de Ricardo Reis

Na obra A Jangada de Pedra, o escritor recorre a um estratagema típico. Uma série de acontecimentos sobrenaturais culmina na separação da Península Ibérica que começa a vogar no Atlântico, inicialmente em direção aos Açores. A situação criada por Saramago dá-lhe um sem-número de oportunidades para, no seu estilo muito pessoal, tecer comentários sobre as grandezas e pequenezas da vida, ironizar sobre as autoridades e os políticos e, talvez muito especialmente, com os atores dos jogos de poder na alta política.

A Jangada de Pedra

O romance narra a vida de Jesus Cristo, um homem com perfeições e defeitos. Descreve-se, no princípio, de forma detalhada e pictórica, a Paixão de Cristo. Os momentos de maior destaque são a conceção de Jesus, a fuga ao rei Heródes, a relação marital de Jesus com Maria e o diálogo entre Deus, Jesus e o Diabo. Estas três figuras encontram-se, durante quarenta dias e quarenta noites, numa pequena embarcação, no meio do mar. Numa analogia com os evangelhos de O Novo Testamento, Saramago relata a história sagrada através de paródia, ironia, intertextualidade e metaficção historiográfica.

O Evangelho segundo Jesus Cristo

Info

A obra Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, foi lançado no ano de 1995. Foi com este livro que três mais tarde, em 1998, Saramago ganhou o prémio Nobel da Literatura. Um homem fica cego, inexplicavelmente, quando se encontra no seu carro no meio do trânsito. A cegueira alastra como «um rastilho de pólvora», dando origem a uma cegueira coletiva. Romance contundente. Saramago a ver mais longe. Personagens sem nome. Um mundo com as contradições da espécie humana. Não se situa em nenhum tempo específico. É um tempo que pode ser ontem, hoje ou amanhã. As ideias a virem ao de cima, sempre na escrita de Saramago. A alegoria. O poder da palavra a abrir os olhos, face ao risco de uma situação terminal...

Ensaio sobre a Cegueira

A obra O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago, situada num tempo e num espaço indeterminados, conta a história do homem que queria um barco para ir à procura da ilha desconhecida.

O Conto da Ilha Desconhecida

Nesta obra, encontramos o relato da vida quotidiana do escritor, dos episódios íntimos da criação literária às mais corajosas tomadas de posição, nos quatro cantos do mundo.

Cadernos de Lanzarote

Na história A maior flor do mundo conta-se a história de um menino que, cansado de brincar sempre nos mesmos locais da sua aldeia, decide um dia ir mais além, para lá do rio, subindo a encosta. No alto descobre, então, uma flor, murcha, caída e a precisar de ser salva. O menino inicia uma missão de salvamento, fechando as mãos em concha e indo e vindo entre o rio e a encosta para, pingo a pingo, regar a pequena flor. De murcha e caída, a flor passa a grande e colorida, servindo até de sombra para o menino, estafado, adormecer.

A maior flor do mundo

Adam é um instável professor universitário que vive refém de uma monótona rotina diária. Uma noite, enquanto vê um filme, descobre a existência de um ator exatamente igual a si. Obcecado por conhecer o seu sósia, parte à descoberta desse outro homem forçando um encontro com consequências imprevisíveis, não só para eles, mas também para as suas companheiras.

O Homem Duplicado

Num país indeterminado decorre, com toda a normalidade, um processo eleitoral. No final do dia, contados os votos, verifica-se que na capital cerca de 70% dos eleitores votaram em branco. Repetidas as eleições no domingo seguinte, o número de votos brancos ultrapassa os 80%.Receoso e desconfiado, o governo, em vez de se interrogar sobre os motivos que terão os eleitores para votar em branco, decide desencadear uma vasta operação policial para descobrir qual o foco infeccioso que está a minar a sua base política e eliminá-lo. E é assim que se desencadeia um processo de rutura violenta entre o poder político e o povo, cujos interesses aquele deve supostamente servir e não afrontar.

Ensaio sobre a lucidez

As Intermitências da Morte é uma história sobre os caprichos da morte. Certo dia, num determinado país, as pessoas deixam simplesmente de morrer. As pessoas sobreviviam a acidentes terríveis e as que estavam no leito de morte, assim permaneciam. E porquê? A Morte decidiu que queria demonstrar aos humanos como seria se vivessem para sempre.

As intermitências da morte

No livro As pequenas memórias, o autor recupera e organiza as vivências do seu eu-criança e, assim, procura compreender quem foi e quem é. Ao narrar os primeiros momentos de sua vida, Saramago retorna à infância na tentativa de rememorar vivências e situações pessoais, familiares e sociais que dela fizeram parte. Nessa busca, as recordações do escritor emergem relacionadas aos sentimentos que marcaram seu passado: medos, alegrias, angústias e tristezas. Reconstruir conscientemente esse percurso é perceber as marcas desses momentos vividos pela criança de ontem no adulto de hoje.

As pequenas memórias

Em meados do século XVI, o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.Do facto histórico que foi essa oferta não abundam os testemunhos. Mas há alguns. A Viagem do Elefante está muito próxima da nossa própria existência e da nossa própria identidade. O livro não teria sido escrito se a conclusão da vida do elefante não tivesse sido como foi: cortaram-lhe as patas para as usarem como recipiente de guarda-chuvas e bengalas. É uma metáfora da vida e da vida humana.

A Viagem do Elefante

Caim é um dos livros mais envolventes, engraçados e interessantes que já tive oportunidade de ler. Neste romance, Saramago retoma um tema bíblico de forma divertida, trazendo à tona um incrível confronto ético-moral entre o Deus e o assassino de Abel, o mesmo da Bíblia. Polémica, a obra conta a história do evangelho de forma inovadora, possibilitando ao leitor uma reflexão sobre questões atuais. Saramago usa Caim para confrontar trechos de histórias bíblicas de forma crítica e inteligente, demonstrando que uma mesma história pode ser contada de diferentes pontos de vista, quando mudamos a perspectiva da leitura.

Caim

Neste livro foram recolhidos os pensamentos de José Saramago em entrevistas, artigos e frases soltas. Fala-se de: Deus, trabalho, ética, literatura, amor, socialismo, pátria, liberdade, política, direitos humanos, globalização, com uma inteligência apurada e fina.

Nas suas palavras

Um lagarto apareceu no Chiado e ficou parado, no meio da rua – para espanto dos moradores do local. Algumas pessoas fugiram, uma velha gritou. Alguns aviões aproximaram-se. Todos estavam contra o lagarto. Todos estavam assustados com o mistério.Nesta fábula contada por um dos maiores escritores do mundo, Saramago convida os leitores a desafiar suas crenças e descobrir o que acontece quando a magia e o encanto da literatura se fazem presentes.

O Lagarto

filme

José e Pilar

Vê aqui o vídeoA partir da crónica “Carta para Josefa, minha avó” escrita por José Saramago, André Raposo e Maria Alice Amaro Gois interpretam este vídeo.

"Carta para Josefa, minha avó" Crónica publicada em A Capital, 14 de março de 1968

Carta para Josefa, minha avó

Sabias que...

José Saramago nasceu em Azinhaga, concelho da Golegã, muito perto de nós!O seu apelido não era Saramago?Sim, um dos nomes mais reconhecidos da literatura portuguesa poderia ter sido diferente, não tivesse sido o caso de, na altura do seu nascimento, um funcionário do Registo Civil da Golegã ter decidido incluir, como apelido na sua certidão de nascimento, a alcunha familiar, Saramago. Cabe esclarecer que saramago é uma planta herbácea espontânea.Saramago, após o reconhecimento internacional que obteve com o prémio Nobel, assistiu às dificuldades que havia em pronunciar corretamente o seu nome. Na altura, todos os nomes eram válidos para satisfazer a curiosidade do mundo: “Samarado” “Saranago” ou “Siromago”. O The New York Times esclareceu os seus leitores: “It’s pronounced Saw-ra-maw-go”.

Sabias que...

Saramago descobriu que tinha sido laureado com Nobel da Literatura por uma assistente de bordo ? No dia anterior, Pilar del Río tinha recebido um telefonema de um amigo, professor na Suécia e ligado à Academia Sueca, a informá-la que, no dia seguinte, a Academia Sueca iria anunciar que o Nobel seria atribuído a Saramago e pediu-lhe segredo. Coube-lhe, contudo, a responsabilidade de garantir que Saramago não embarcasse no voo que tinha agendado, de regresso a casa, sem, no entanto, lhe revelar o motivo. Nessa noite, Pilar tenta convencer Saramago a ficar, alegando que se embarcar perderá o anúncio do Nobel. Ao que o mesmo, sem se dar por convencido, riposta: "E se ficar, perco o Nobel e o avião." Já no aeroporto de Frankfurt, os representantes da comitiva portuguesa são informados que Saramago já havia embarcado. Depois de explicado o motivo, os funcionários aceitam entrar no avião e pedir a Saramago que regressasse. Foi aí que uma assistente da companhia aérea Ibéria, lhe fez o comunicado.

1922 – 2010

José saramago