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Especificidade do soro antiofídico - Vital Brazil, médico imunologista, 1898 O soro antiofídico é aplicado como antídoto quando uma pessoa é picada por uma serpente. Esse produto é formado por anticorpos e o seu principal objetivo é neutralizar o veneno que se encontra no sangue e nos tecidos da pessoa que sofreu a picada. O soro antiofídico foi criado em 1894 pelo francês Albert Calmett, para tratar picadas de cobras venenosas de forma universal a partir do veneno de uma única espécie, a naja. Vital Brazil, médico imunologista brasileiro, acreditava que cada tipo de veneno de cobra deveria ser tratado de forma específica. Para isso. produziu antídotos distintos para a mordida de cascavel e jararaca. Além do soro antiofídico específico, o pesquisador inventou o soro polivalente que é utilizado quando não se sabe a serpente que picou o paciente. Vital Brazil dedicou vinte anos de trabalho à produção de soros e de vacinas contra tifo, varíola, tétano, entre outras doenças. Veja mais em: https://butantan.gov.br/noticias/no-aniversario-de-vital-brazil-conheca-a-historia-do-medico-sanitarista-e-cientista-que-fundou-o-butantan

Manuel de Abreu Manuel de Abreu (1894-1962) foi o médico brasileiro inventor da abreugrafia, processo que permite o diagnóstico precoce da tuberculose pulmonar. Com o tempo, o exame passou a ser empregado para a descoberta de tumores nos pulmões, de lesões no coração e nos grandes vasos. Em 1922, retomou suas experiências na Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose, no Rio de Janeiro. Nessa época a cidade registrava inúmeros casos da doença, os exames convencionais eram caros e a maior parte da população não tinha acesso a eles. As pesquisas de Abreu feitas para acelerar o diagnóstico da tuberculose culminaram com a invenção, em 1936, de um novo processo para a obtenção de radiografias do tórax que ele denominou de roentgenfotografia, por tratar-se da combinação de fotografia e raio X. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Ricardo Renzo Brentani (1937-2011), precursor da medicina por DNA no País. Brentani foi um dos responsáveis pelo sucesso do Projeto Genoma do Câncer nos anos 1990 e 2000. O projeto, que era de iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), tinha como foco o mapeamento das características genéticas dos principais tipos de tumores que atingiam a população brasileira. Sua equipe manteve a atenção nos genes que estavam conectados apenas aos tumores. O objetivo da pesquisa foi encontrar maneiras de diagnosticar a doença cedo e, através do DNA, tratá-la de forma específica (o que, infelizmente, ainda não foi alcançado). Seu interesse pelos mistérios da biologia molecular também o levaram a estudar os príons - as proteínas que causam o mal da vaca louca-, mas que, em sua versão normal, também são essenciais para o funcionamento do cérebro. Ao longo da carreira, Brentani teve mais de trezentos trabalhos publicados em periódicos importantes, como as revistas internacionais Nature e Science. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Bactérias fixadoras de nitrogênio - Johanna Döbereiner, agrônoma, década de 1950 Johanna Liesbeth Kubelka Döbereiner foi uma engenheira agrônoma brasileira, pioneira em biologia do solo. Ela identificou tipos específicos das bactérias que ajudam na nutrição das plantas por meio da fixação de nitrogênio nas raízes. A descoberta ajudou a diminuir o impacto ambiental e a baratear a produção nacional de soja. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Partícula méson pi - César Lattes (e Cecil Frank Powell, Reino Unido, e Giuseppe Occhialini, Itália), físicos, 1947 O méson ou mesão é uma partícula subatômica (um hádron) composta por um quark e por um antiquark de carga de cor oposta. Essa partícula é responsável por mediar a interação entre prótons e nêutrons dentro do átomo, permitindo que permaneçam unidas. Na década de 1930, o físico japonês Hideki Yukawa propôs a teoria para a existência de uma nova partícula, o méson pi. No final da década seguinte, a teoria foi comprovada graças a um trabalho que contou com o protagonismo do físico curitibano César Lattes. Em 1946, Lattes foi para a Universidade de Bristol, na Inglaterra, unindo-se ao inglês Cecil Frank Powell (Prêmio Nobel de Física em 1950) e ao italiano Giuseppe Occhialini em pesquisas relacionadas à detecção de raios cósmicos usando placas fotográficas especiais. A partir destes materiais, Lattes teve a ideia de modificar a substância que compunha as emulsões nucleares, aumentando sua sensibilidade e permitindo que as trajetórias de partículas nelas marcadas não se apagassem tão rapidamente com o tempo. Lattes voou para a Bolívia para expor as emulsões modificadas em uma montanha nos Andes bolivianos - estar nas alturas era importante, pois a atmosfera é menos concentrada, diminuindo as chances de raios cósmicos se chocarem com as moléculas de ar no meio do caminho. Lattes retornou a Bristol com emulsões repletas das marcas que apontavam a passagem de mésons pi, permitindo à equipe confirmar a existência da partícula, e também as suas propriedades. O méson pi foi fundamental para entender as forças atuantes na região atômica e sua estabilidade, originando um novo campo de estudo: o de partículas elementares. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Processo Urca - Mário Schenberg (e George Gamow, EUA), astrofísicos, 1940 Esse processo foi discutido pelo astrofísico brasileiro Mário Schenberg e pelo norte-americano George Gamow. Schenberg, recém-chegado dos Estados Unidos, descobriu o processo Urca, que explica o colapso de supernovas estudado por George Gamow. O brasileiro observou que os cálculos de Gamow não levavam em conta a existência de neutrinos: a emissão dessas partículas esfriava o centro da estrela e diminuía sua pressão interna, impedindo que ela sustentasse o peso de suas camadas externas e provocando o colapso. Em 1940, Gamow e Schenberg publicaram, juntos, o artigo traduzido como “O possível papel dos neutrinos na evolução estelar”, em que descrevem o Processo Urca. O nome foi proposto por Gamow, que associou a velocidade com que a energia sumia no centro da supernova ao ritmo com que o dinheiro desaparecia na roleta do cassino da Urca - RJ. Schenberg foi a Princeton, onde passou quatro meses em companhia de grandes físicos como o austríaco Wolfgang Pauli, o alemão Albert Einstein e o indiano Subrahmanyan Chandrasekhar. Com este, elaborou o limite de Chandrasekhar-Schenberg, referente à evolução do Sol e estrelas semelhantes. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Doença de Chagas - Carlos Chagas, médico sanitarista, 1909 É uma doença infecciosa causada por um parasita encontrado nas fezes do inseto barbeiro. A doença pode ser leve ou durar muito tempo. Se não for tratada, pode causar insuficiência cardíaca congestiva. O médico sanitarista Carlos Chagas foi o primeiro pesquisador na história a conseguir traçar o ciclo completo da doença identificando o vetor (besouro barbeiro), agente causador (protozoário Trypanosoma cruzi), reservatório doméstico (gato), características, complicações e meios de combate. Fez a descoberta enquanto combatia a malária em Minas Gerais, sendo reconhecido internacionalmente e batizando a doença com seu nome. Sua descoberta foi anunciada à Associação Nacional de Medicina em 22 de abril de 1909 pelo sanitarista Osvaldo Cruz. Dedicando-se ao estudo de outras doenças tropicais, também descobriu o protozoário do gênero Plasmodium, causador da malária. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Aldo Rebouças (1937-2011), um dos maiores especialistas em recursos hídricos do Brasil Aldo Rebouças era professor aposentado do Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental do IGc, onde atuava principalmente na área de Hidrogeologia. Foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas). Em 1962, Aldo da Cunha Rebouças já alertava os órgãos públicos para o fato de que a má gestão e o uso inadequado da água comprometeriam a qualidade da oferta do produto. Ao longo de mais de quarenta anos de pesquisa, ele defendeu obsessivamente a premissa de que “(…) o conceito de água abundante, inesgotável e gratuita, uma dádiva de Deus ou de qualquer outra figura cósmica, da Igreja ou de políticos, dos coronéis ou do homem, da natureza”, era uma ficção obsoleta. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Bradicinina - Maurício Rocha e Silva, farmacologista, 1949 A bradicinina é uma substância formada por uma cadeia de aminoácidos que tem uma função hipotensora e atua em vários órgãos e tecidos, inclusive como mediadora de inflamações. É um vasodilatador, que age no sentido de reduzir a pressão dos vasos arteriais. Em 1949, o farmacologista Maurício Oscar da Rocha e Silva descobriu a bradicinina ao analisar como a ação do veneno da jararaca age sobre as proteínas do sangue, liberando essa substância, que hoje é largamente utilizada em medicamentos para o controle da hipertensão. A descoberta representou melhora radical na expectativa e qualidade de vida de hipertensos, especialmente quanto a restrições dietéticas. Desde os anos 1970, muitos remédios para a doença têm bradicinina na fórmula. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Insulina humana recombinante - Marcos dos Mares Guia Em 1990, Mares Guia comandou os estudos que resultaram no desenvolvimento da insulina recombinante, que foi considerado um grande avanço no tratamento da diabetes. Inicialmente extraída do pâncreas de bois e porcos, a insulina destinada a diabéticos podia causar reações alérgicas. A técnica desenvolvida consistia em introduzir em uma bactéria o gene da pró-insulina humana, para que ela passasse a produzir o hormônio. Esse processo possibilitou fabricar insulina humana in vitro em um terço do tempo necessário para obtê-la pelo método tradicional, que era de 30 dias. O processo usa a bactéria Eschrichia Cole. Ela é modificada geneticamente em laboratório e cultivada num meio de cultura especial. Assim, o microorganismo passa a produzir a insulina humana com 100% de pureza. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Euryclides de Jesus Zerbini (1912-1993), médico responsável pelo primeiro transplante de coração do Brasil, em 1968 Médico cardiologista brasileiro, Zerbini foi o primeiro da América Latina e o quinto do mundo a realizar um transplante de coração. O procedimento aconteceu no dia 26 de maio de 1968, no Hospital das Clínicas em São Paulo. O transplante foi realizado em um paciente terminal de 23 anos, que sobreviveu por mais 28 dias. A técnica usada por Zerbini ganhou notoriedade nacional e internacional. Em 1975, Dr. Zerbini fundou o Instituto do Coração (Incor), que se tornou um dos mais conceituados estabelecimentos hospitalares do país no assunto. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/

Amplificação gênica - Crodowaldo Pavan, geneticista, 1957 Crodowaldo Pavan foi professor emérito da USP e um dos pioneiros da genética no Brasil. Ele descobriu o fenômeno da amplificação gênica, pelo qual, em determinadas células e em momentos específicos do desenvolvimento, alguns genes fazem cópias adicionais, além da simples duplicação do filamento do cromossomo, como ocorre na divisão celular normal. Sua descoberta derrubou a ideia de que as células possuem a mesma quantidade de material genético. O feito ocorreu quando Pavan encontrou a mosca Rhynchosciara angelae no litoral paulista. Ele identificou a duplicação de genes presentes nos cromossomos sem a ocorrência de divisão celular, possibilitando um grande avanço nos estudos sobre DNA. Veja mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-descobertas-cientificas-brasileiras/ https://jornal.usp.br/ciencias/as-grandes-contribuicoes-do-brasil-para-a-ciencia/