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RÓMULO DE CARVALHO

Rómulo de Carvalho, investigador, professor, poeta, autor de manuais escolares e livros de investigação científica e de poesia, deixou uma marca relevante para afirmar a ciência como o meio para modificar, ampliar e substituir o conhecimento

Dia Nacional da Cultura Científica

Dia Nacional da Cultura Científica é assinalado a 24 de Novembro em homenagem a Rómulo de Carvalho, procurando realçar a importância do conhecimento científico para o crescimento e desenvolvimento de Portugal e dos portugueses.

24 de novembro

Segundo as palavras de Mariano Gago, no jornal “Público” de 24 de Novembro de 1996, ano em que foi instituído, este dia deverá ser «momento privilegiado, todos os anos, de balanço, de reflexão e de ação sobre o papel do conhecimento no nosso futuro.»

ALGUMAS NOTAS BIOGRÁFICAS DE RÓMULO DE CARVALHO

  • Nasce na cidade de Lisboa, a 24 de novembro de 1906.
  • Em 1931, licencia-se em Ciências Físico-Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
  • Passados três anos realiza o Exame de Estado para o Ensino Liceal, iniciando a atividade docente no Liceu de Camões (Lisboa), continuando no Liceu D. João III (Coimbra) e, depois no Liceu Pedro Nunes (Lisboa), sendo aqui Professor Metodólogo a partir de 1958.
  • Em 1956 publica o seu primeiro livro de poesia, "Movimento Perpétuo" (Coimbra), com o pseudónimo de António Gedeão, seguido dos outros livros, "Teatro do Mundo", em 1958 e "Máquina de Fogo", em1961.
  • Em 1974, concluindo 40 anos de atividade docente, aposenta-se da Função Pública.
  • A 8 de junho de 1995, a Universidade de Évora confere, a Rómulo de Carvalho, o grau de Doutor "Honoris Causa".
  • A 17 de dezembro de 1996, atribuição, pelo Presidente da República, da Grã Cruz da Ordem de Mérito de Santiago da Espada, na Escola Secundária Pedro Nunes.
  • A 19 de fevereiro de 1997- falecimento do poeta/professor, na cidade de Lisboa.
Sociedade Portuguesa de Física - "Gazeta de Física" Vol. 20, Fasc1, 1997 Páginas 13 e 14 Disponível na biblioteca da Escola STMaior-Beja

Lágrima de pretaEncontrei uma pretaque estava a chorar,pedi-lhe uma lágrimapara a analisar. Recolhi a lágrimacom todo o cuidadonum tubo de ensaiobem esterilizado. Olhei-a de um lado,do outro e de frente:tinha um ar de gotamuito transparente. Mandei vir os ácidos,as bases e os sais,as drogas usadasem casos que tais. Ensaiei a frio,experimentei ao lume,de todas as vezesdeu-me o que é costume: Nem sinais de negro,nem vestígios de ódio.Água (quase tudo)e cloreto de sódio. António Gedeão

Lição sobre a águaEste líquido é água.Quando puraé inodora, insípida e incolor.Reduzida a vapor,sob pressão e a alta temperatura,move os êmbolos das máquinas que, por isso,se denominam máquinas de vapor. É um bom dissolvente.Embora com exceções mas de um modo geral,dissolve tudo bem, ácidos, bases e sais.Congela a zero graus centesimaise ferve a 100, quando à pressão normal. Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,sob um luar gomoso e branco de camélia,apareceu a boiar o cadáver de Oféliacom um nenúfar na mão.António Gedeão