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Alegoria da Caverna

Lara Figueiredo, nº 16, Juliana Conde, nº 15 e Juliana Moreira, nº 14 - 10º A

Os prisioneiros estão presos por grilhões/correntes pelo pescoço virados para a parede, não podendo fazer qualquer movimento. Estes objetos, na nossa realidade, simbolizam os medos, a pressão social, os dogmas e estereótipos, por exemplo. Estas pessoas estão contentes e satisfeitas, acomodadas à sua situação sem saberem que poderia ser diferente.

As sombras representam um conhecimento aparente, superficial e enganador, simbolizando assim as opiniões erradas e o conhecimento preconceituoso do senso comum que julgamos ser verdadeiro. Este tipo de doxa e ignorância tem por base os sentidos que eram a única ferramenta para conhecer o mundo destes prisioneiros.

Um dos prisioneiros é solto e segue por um caminho rude e íngreme que lhe indica a saída da caverna para o mundo exterior. No dia a dia, este percurso corresponde às nossas dificuldades e obstáculos que encontramos ao longo da nossa vida, enquanto buscamos por conhecimento, ideias novas e liberdade para os nossos pensamentos.

Quando o prisioneiro chega ao mundo exterior, a luz solar ofusca a sua visão, deixando-o desconfortável e desamparado. Aos poucos, a sua visão acostuma-se com a luz e ele começa a perceber a infinidade do mundo e da natureza que existe fora da caverna. Ele compreende que aquelas sombras, que ele julgava ser a realidade, são na verdade cópias imperfeitas de uma pequena parcela da realidade. O sol constitui o modelo da verdade. O mundo exterior representa o Mundo das Ideias, da luz e do conhecimento das essências (conhecimento racional do que a realidade é em si mesmo). Ao contemplar esta nova realidade, o pensamento do prisioneiro liberto enche-se de questões; torna-se filósofo.

O prisioneiro liberto poderia fazer duas coisas: retornar para a caverna e libertar os seus companheiros ou viver a sua liberdade. Uma possível consequência da primeira possibilidade seria os ataques que sofreria dos seus companheiros, que o julgariam como louco, mas poderia ser uma atitude necessária, por ser a coisa mais justa a fazer. A sua escolha final foi regressar, contudo ao chegar lá foi confrontado com a rejeição dos outros prisioneiros que negavam a possibilidade da existência dessa perspetiva da realidade. Esta situação, na nossa realidade, representa o radicalismo das pessoas que não permitem a mudança, que são preconceituosas e dogmáticas. Um exemplo real é o de Sócrates que foi morto por ter pensamentos que não foram aceites pela sociedade da época.

Este cenário assemelha-se ao conflito entre o Modelo Geocêntrico e o Modelo Heliocêntrico. O Modelo Geocêntrico tem como princípio a centralização da Terra no Universo, estando todo o resto a girar à sua volta. Podemos compará-lo com os acontecimentos dentro da caverna, em que os prisioneiros não se moviam, enquanto existia movimento em torno deles. O Modelo Heliocêntrico tem como ideal o posicionamento do Sol no centro, enquanto os planetas giram ao seu redor. Podemos compará-lo com o mundo exterior e com o prisioneiro liberto , o qual se tem que mover para conhecer e observar toda esta nova realidade.