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Reportagem exclusiva OP+ sobre o abolicionismo

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Transcript

30 de agosto de 1881

Há uma nova tentativa de embarque de escravizados e ocorre a segunda e mais historicizada Greve dos Jangadeiros e que foi liderada por Francisco José do Nascimento.

27 de janeiro de 1881

José Luís Napoleão e outros jangadeiros iniciam a greve que acabou com a comercialização de escravizados pelo Porto de Fortaleza. O movimento, o primeiro no Brasil, segue nos dias 29/1 e 30/1. A esposa de Napoleão, Tia Simoa, participa.

26 de janeiro de 1881

Baseado na ideia de Pedro Arthur de Vasconcelos, abolicionistas da Sociedade Cearense Libertadora (SCL) decidem que o trânsito de jangadas no Porto de Fortaleza, levando e trazendo escravizados, tem de acabar. Segundo o historiador Raimundo Girão, Pedro Arthur e José Correia do Amaral procuram o liberto José Luís Napoleão, chefe dos jangadeiros.

1º de janeiro de 1883

Abolicionistas cearenses e José do Patrocínio implantam o “território livre” de escravização em Acarape, município da província do Ceará que tinha menos escravos: 32. Acarape é rebatizada de Redenção quando elevado à cidade, em 1889.

Novembrode 1882

No fim de novembro, Francisco José do Nascimento conheceu o abolicionista José Patrocínio que veio ao Ceará com a repercussão nacional sobre as greves dos jangadeiros no Porto do Ceará. Patrocínio teria chamado José do Nascimento de “Lobo do Mar”. Porém, o cearense ficaria conhecido como “Dragão do Mar” por causa de uma suposta alusão feita pelo escritor Aluísio Azevedo ao jangadeiro.

18 de maiode 1882

Às 17 horas, a Jangada Libertadora é “batizada” e lançada ao mar. Era uma nova jangada de Francisco José do Nascimento, que ainda não tinha ainda o apelido de Dragão do Mar. Houve uma cerimônia com membros da SCL, jangadeiros e benção do padre Bruno de Figueiredo. Os libertadores entregaram uma carta de alforria à escravizada Romana, de 21 anos, que pertencia à Luiza Lopes da Costa.

24 de março de 1884

Francisco José do Nascimento e os jangadeiros Francisco José de Alcântara e José Félix Pereira Barbosa desfilam nas ruas do Rio de Janeiro nas comemorações do “Ceará Livre”, durante uma festa pública.

23 de março de 1884

Passeata em comemoração, no Rio de Janeiro, pelo ato dos jangadeiros no Porto de Fortaleza e pela “libertação” em municípios cearenses, como o pioneiro Acarape.

24 de maio de 1883

Fortaleza é declarada território livre do cativeiro, a primeira capital de uma província do império. A história, a exemplo da Greve dos Jangadeiros, se espalha pelo Brasil.

13 de abril de 1884

Abolicionistas entregaram a jangada Libertadora ao Museu Nacional (Museu Real), no Rio de Janeiro.

27 de março de 1884

Dragão do Mar retorna ao vapor Espírito Santo, no Rio de Janeiro, para retirar a Jangada Libertadora que, desde a sua chegada, permaneceu embarcada.

25 de março de 1884

O Ceará é declarado oficialmente livre da escravização por Sátiro Dias, presidente da província. A chamada “data magna” é propositalmente marcada para o mesmo dia das comemorações dos 60 anos da 1ª Constituição do Império (1824). É o “Ceará livre”.

1888 a 1923

Após polêmicas sobre o valor museológico da Jangada Libertadora, a embarcação some entre o Museu Nacional e o Museu Naval, no Rio de Janeiro.

13 de maio de 1884

Sete anos depois da Greve dos Jangadeiros em Fortaleza, a princesa Isabel assina a Lei Áurea extinguindo a escravidão no Brasil.

Fonte: “A abolição no Ceará”, de Raimundo Girão; “Esboço de uma biografia de musealização – o caso da jangada libertadora” de Saulo Moreno Rocha; “História da Escravidão no Ceará – das origens à extinção”, de Pedro Alberto de Oliveira Silva; e Data.Doc O POVO

Após polêmicas sobre o valor museológico da Jangada Libertadora, a embarcação some entre o Museu Nacional e o Museu Naval, no Rio de Janeiro.