A leishmaniose visceral ou esplenomegalia tropical é popularmente conhecida por calazar. O mosquito-palha ou birigui, da espécie Lutzomyia longipalpis, hospedeiro dos protozoários Leishmania chagasi e Leishmania donovani pica a vítima e libera o parasita na corrente sanguínea da pessoa causando a doença.

Os cachorros são a principal fonte de infecção do inseto porque são reservatórios dos protozoários. O mosquito pica o cachorro contaminado e ao atacar o homem o infecta com o calazar. É mais comum o Leishmania chagasi ou Leishmania donovani se desenvolver em cães que não são regularmente vacinados e desparasitados. Daí o problema de cachorros abandonados.

Os sintomas da pessoa infectada são: calafrios e febre alta, indo e voltando, de longa duração; aumento da barriga por causa do aumento do baço e do fígado; queda de cabelos; fraqueza e cansaço excessivo; magreza; palidez decorrente da anemia causada pela doença; sangramentos mais fáceis pela gengiva, nariz ou fezes; infecções frequentes, por vírus e bactérias, porque a imunidade diminui e diarreia.

Em 1948, em Viçosa do Ceará, o farmacêutico Felizardo de Pinho Pessoa Filho (Dr. Pinho) curou pacientes com a o glucantime e antimoniais pentavalentes. Ele descobriu os primeiros casos da doença no Ceará. Hoje, o tratamento se faz com o uso de compostos antimoniais pentavalentes, anfotericina B e pentamidina.
O que é o calazar?