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Alunos da turma P3B - EB Ponte de Lima

Poemas

ao jeito de
Matilde Rosa Araújo

Matilde Rosa Araújo

Escritora e pedagoga portuguesa, de seu nome completo Matilde Rosa Lopes de Araújo, nascida a 20 de junho de 1921 em Lisboa, cidade onde também faleceu, a 6 de Julho de 2010.

Foi professora, lecionando a disciplina de Português e de Literatura Portuguesa na Escola Industrial Fonseca de Benevides em Lisboa.

Foi formadora de professores na Escola do Magistério Primário de Lisboa.

Enquanto cidadã dedicou-se, no decorrer da sua vida, aos problemas da criança e à defesa dos seus direitos.
Comemoramos este ano o centenário do seu nascimento reescrevendo alguns dos seus poemas, procurando respeitar a estrutura e o modelo mas mudando um pouco do seu conteúdo.

" Obrigado, Matilde Rosa Araújo! "

Turma P3B - EB Ponte de Lima

Poema na versão original de

Matilde Rosa Araújo

A Amiga de Portugal

Tangerina tu que brilhas

Como o Sol que ainda arde
És cara de boneca
Que pintas a nossa tarde

Teus gomos repartidos
Tua casca reluzente
Fruto delicioso
Que vieste do Oriente

Quando brinco no recreio

Fico com o teu perfume
Quando sigo para a aula
Vou tão quente como o lume

Sempre te achei tão bela
Ao passar no teu quintal
Sinto a tua falta
Amiga de Portugal.

A Menina do Brasil

Fruto do dragão

É como ela é conhecida
Pitaya é o seu nome
E dá-nos muita vida

É de noite que tu cresces
Nas terras do Brasil
És uma fruta exótica
Que agrada mais mil

Bonita por fora

Sarapintada por dentro
Gosto de te saborear
Nem que seja durante um momento

Com a tua cor forte
E um sabor adocicado
Trazes muitas vitaminas
E eu fico encantado.



A Amiga da Espanha

Pimenta que pica

O Sol da manhã
És cara de alegria
Com pintas de hortelã

Teu cheiro intenso e picante
Ficas bem com picanha
Pimenta tão picante
Que vieste da Espanha


Quando ia para casa

Teu perfume no ar
Teu perfume no bibe
Nos livros. No lar.

Tu eras tão bela!
Eu era tão estranha!
Que saudades eu sinto
Minha amiga da Espanha!




Poema na versão original de

Matilde Rosa Araújo

Chorar

Cortaram uma árvore

E a Terra aguentou

Cortaram outra árvore
E a Terra quase não aguentou

E tantas outras árvores…




E a Terra aguentou

Aguentar tanto também cansa
Quem pode limpar as lágrimas
Da Terra esgotada?

Nem os gritos de uma inocente criança…

Amar

Amaram uma estrela

E a estrela brilhou

Amaram outra estrela
E a Terra se alegrou

E tantas outras estrelas…




E a Terra se alegrou

Amar nunca cansa
Quem pode amar tanto
Nunca estará só!


Nós, seres humanos precisamos de amar mais….

Poema na versão original de

Matilde Rosa Araújo

Casa

A andorinha regressa a casa

Que tão longe ali a espera
Procura a sua casa fofa
Sua casa de primavera





Vem de longe muito longe

Em viagem tão bonita
Quem não amar esta casa
Sabe tão pouco da Rita


Rainha

A Rainha está de regresso

As abelhas preparam o lar
Já está pronto o mel
Doce será ao paladar






Regressa cansada, muito cansada

Pois esteve a trabucar
Quem não gostar desta rainha
A vida não sabe amar



Poema na versão original de

Matilde Rosa Araújo

Alegre Flor

Flor encarnada

De amor vestida
Alegre flor
Na floresta nascida

Flor encarnada
Cabeça tão clara
Alegre Flor
Que tão pouco dura




Flor encarnada

Pezinho tão leve
Alegre flor
De vida tão breve

Feliz Criatura

Borboleta colorida

De mil cores vestida
Feliz criatura
Na natureza nascida


Borboleta colorida
Com antenas engraçadas
Feliz criatura
Que só faz palhaçadas





Borboleta colorida

Beleza tão rara
Feliz criatura
Que nunca, nunca para

Poema na versão original de

Matilde Rosa Araújo

A felicidade dos animais

O cavalo deitado ao sol

Suspirou: Que dia tão maravilhoso!
Então, o Sol brilhou mais ainda:
Cavalo! Tu és fabuloso!

A galinha no chão da cozinha
Suspirou: Chão, tu és tão lindo!
Então, o chão ficou mais lindo ainda:
Galinha! Gosto do teu miminho!



E o cão branco, a ladrar

No caminho deu saltinhos
E ao seu dono disse com carinho:
Dono! Gosto tanto de ti!

Poema na versão original de

Matilde Rosa Araújo

O Livro

O livro que tanto ensina

Voa leve sobre a mente
São páginas de magia
Lidas atentamente

Voa até ao seu leitor
Leitor de uma grande história
E o seu espanto é tanto
Um momento de alegria




E quando à biblioteca regressa

É grande, feliz:
É amado o fiel amigo
Fica feliz o aprendiz

A Andorinha

A andorinha voa lentamente

Viaja sobre o mar
Com ar satisfeito
Quer chegar ao seu lar

Viaja sobre as nuvens
E vê a natureza
Árvores, flores e borboletas
No seu esplendor e beleza






E quando sai do seu ninho

Só lhe apetece esvoaçar
Ir à procura de comida
Para depois se deliciar

Obrigado!