Poemas ao jeito de ...
ritalima78
Created on May 19, 2021
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Transcript
Poemas ao jeito de Matilde Rosa Araújo
Alunos da turma P3B - EB Ponte de Lima
Foi formadora de professores na Escola do Magistério Primário de Lisboa.Enquanto cidadã dedicou-se, no decorrer da sua vida, aos problemas da criança e à defesa dos seus direitos.Comemoramos este ano o centenário do seu nascimento reescrevendo alguns dos seus poemas, procurando respeitar a estrutura e o modelo mas mudando um pouco do seu conteúdo.
Escritora e pedagoga portuguesa, de seu nome completo Matilde Rosa Lopes de Araújo, nascida a 20 de junho de 1921 em Lisboa, cidade onde também faleceu, a 6 de Julho de 2010.Foi professora, lecionando a disciplina de Português e de Literatura Portuguesa na Escola Industrial Fonseca de Benevides em Lisboa.
Matilde Rosa Araújo
Turma P3B - EB Ponte de Lima
" Obrigado, Matilde Rosa Araújo! "
Poema na versão original de Matilde Rosa Araújo
Quando brinco no recreio Fico com o teu perfume Quando sigo para a aula Vou tão quente como o lume Sempre te achei tão bela Ao passar no teu quintal Sinto a tua falta Amiga de Portugal.
Tangerina tu que brilhasComo o Sol que ainda ardeÉs cara de bonecaQue pintas a nossa tardeTeus gomos repartidos Tua casca reluzente Fruto delicioso Que vieste do Oriente
A Amiga de Portugal
Bonita por foraSarapintada por dentroGosto de te saborearNem que seja durante um momentoCom a tua cor forte E um sabor adocicado Trazes muitas vitaminas E eu fico encantado.
Fruto do dragãoÉ como ela é conhecidaPitaya é o seu nome E dá-nos muita vida É de noite que tu crescesNas terras do Brasil És uma fruta exótica Que agrada mais mil
A Menina do Brasil
Quando ia para casaTeu perfume no arTeu perfume no bibeNos livros. No lar.Tu eras tão bela! Eu era tão estranha! Que saudades eu sinto Minha amiga da Espanha!
Pimenta que picaO Sol da manhãÉs cara de alegriaCom pintas de hortelãTeu cheiro intenso e picante Ficas bem com picanha Pimenta tão picante Que vieste da Espanha
A Amiga da Espanha
Poema na versão original de Matilde Rosa Araújo
E a Terra aguentou Aguentar tanto também cansa Quem pode limpar as lágrimas Da Terra esgotada? Nem os gritos de uma inocente criança…
Cortaram uma árvore E a Terra aguentou Cortaram outra árvore E a Terra quase não aguentou E tantas outras árvores…
Chorar
E a Terra se alegrouAmar nunca cansaQuem pode amar tanto Nunca estará só!Nós, seres humanos precisamos de amar mais….
Amaram uma estrelaE a estrela brilhouAmaram outra estrela E a Terra se alegrou E tantas outras estrelas…
Amar
Poema na versão original de Matilde Rosa Araújo
Vem de longe muito longeEm viagem tão bonitaQuem não amar esta casaSabe tão pouco da Rita
A andorinha regressa a casaQue tão longe ali a esperaProcura a sua casa fofaSua casa de primavera
Casa
Regressa cansada, muito cansadaPois esteve a trabucarQuem não gostar desta rainhaA vida não sabe amar
A Rainha está de regressoAs abelhas preparam o larJá está pronto o melDoce será ao paladar
Rainha
Poema na versão original de Matilde Rosa Araújo
Flor encarnadaPezinho tão leveAlegre florDe vida tão breve
Flor encarnadaDe amor vestidaAlegre florNa floresta nascidaFlor encarnadaCabeça tão claraAlegre Flor Que tão pouco dura
Alegre Flor
Borboleta colorida Beleza tão rara Feliz criatura Que nunca, nunca para
Borboleta coloridaDe mil cores vestidaFeliz criaturaNa natureza nascidaBorboleta colorida Com antenas engraçadas Feliz criatura Que só faz palhaçadas
Feliz Criatura
Poema na versão original de Matilde Rosa Araújo
E o cão branco, a ladrarNo caminho deu saltinhosE ao seu dono disse com carinho:Dono! Gosto tanto de ti!
O cavalo deitado ao solSuspirou: Que dia tão maravilhoso!Então, o Sol brilhou mais ainda:Cavalo! Tu és fabuloso!A galinha no chão da cozinhaSuspirou: Chão, tu és tão lindo!Então, o chão ficou mais lindo ainda:Galinha! Gosto do teu miminho!
A felicidade dos animais
Poema na versão original de Matilde Rosa Araújo
E quando à biblioteca regressa É grande, feliz: É amado o fiel amigo Fica feliz o aprendiz
O livro que tanto ensina Voa leve sobre a mente São páginas de magia Lidas atentamenteVoa até ao seu leitor Leitor de uma grande história E o seu espanto é tanto Um momento de alegria
O Livro
E quando sai do seu ninhoSó lhe apetece esvoaçarIr à procura de comidaPara depois se deliciar
A andorinha voa lentamenteViaja sobre o marCom ar satisfeitoQuer chegar ao seu lar Viaja sobre as nuvensE vê a naturezaÁrvores, flores e borboletasNo seu esplendor e beleza
A Andorinha
Obrigado!