Linha do tempo da Lava Jato

O periódico virtual The Intercept começa a publicar conversas entre Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato no aplicativo de mensagens Telegram. Conversas indicam que Moro atuou como parte interessada em julgamentos da operação, cedendo informações privilegiadas à acusação, auxiliando o Ministério Público Federal (MPF) na construção de casos e prestando orientações diversas à promotoria. O caso ficaria conhecido como “Vaza Jato” e se tornaria a maior mancha na reputação da operação.

17 de março de 2014

14 de novembro de 2014

3 de agosto de 2015

20 de março de 2014

19 de junho de 2015

4 de março de 2016

Uma linha do tempo da lava jato

Confira alguns dos principais acontecimentos da Lava Jato ao longo dos últimos sete anos

12 de julho de 2017

7 de abril de 2018

8 de novembro de 2019

24 de janeiro de 2018

9 de junho de 2019

24 de janeiro de 2021

1º de fevereiro de 2021

Deflagrada a primeira fase da Operação. Em uma segunda-feira de manhã, ação cumpriu 81 mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal, mirando em suspeitos de ligação com tráfico de drogas, câmbio clandestino e contrabando, entre outros delitos. Parte do dinheiro movimentado – estimado em R$ 10 bilhões – era encoberto em transações de uma rede brasiliense de lavanderia em postos de combustíveis. A estratégia viria a batizar a Operação.

Três dias após a primeira ação, a Polícia Federal deflagra nova etapa da Lava Jato, que atinge o primeiro "peixe grande" da Operação. Na ocasião, foi preso temporariamente o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, acusado de tentar destruir provas de suposta relação com o doleiro Alberto Youssef. Costa foi depois um dos principais delatores da operação, admitindo uso do cargo para consolidar um esquema de corrupção envolvendo grandes estatais, empreiteiras, governo e congressistas.

Batizada de Juízo Final, a 7ª fase da Lava Jato é deflagrada e envolve a prisão, pela primeira vez, de dirigentes de algumas das maiores empreiteiras do Brasil. Foram presos Léo Pinheiro (OAS), Ricardo Pessoa (UTC) e Ildefonso Colares Filho (Queiroz Galvão), além do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e do lobista Fernando Baiano.

14ª fase da Lava Jato promove mais uma série de prisões de grandes empreiteiros, envolvendo os executivos Marcelo Odebrecht (Odebrecht) e Otávio Marques de Azevedo (Andrade Gutierrez). Poucas semanas antes, a Operação já tinha efetuado a prisão dos primeiros políticos supostamente envolvidos no esquema, incluindo o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

José Dirceu é preso na Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato. O termo, que depois virou comum entre críticos de petistas, era utilizado no esquema como sinônimo de dinheiro, segundo delação de Ricardo Pessoa.

24ª fase da Lava Jato cumpre onze mandados de condução coercitiva, incluindo um para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista prestou depoimento durante quatro horas em uma sala do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em questionamentos envolvendo o caso do tríplex no Guarujá. A ação provocou grande polêmica na época e foi classificada como “desnecessária” pela defesa de Lula.

Sergio Moro condena Lula a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em ação envolvendo o tríplex do Guarujá.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirma condenação de Lula, aumentando a pena para 12 anos e um mês.

Após uma série de questionamentos ao STF, o ex-presidente Lula é preso após se entregar à Polícia Federal no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

O STF derruba prisão de condenados após a segunda instância. Com a decisão, o ex-presidente Lula é colocado em liberdade, após passar 580 dias preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

O ministro Ricardo Lewandowski autoriza que a defesa de Lula tenha acesso à integra de mensagens apreendidas na Operação Spoofing, incluindo conversas entre Sergio Moro e integrantes da Lava Jato. A decisão, que já foi confirmada pela Segunda Turma do STF, é considerada duro golpe contra a Operação, podendo gerar pedidos de anulações de sentenças proferidas por Moro durante as investigações.

A força-tarefa da Lava Jato "deixa de existir" como núcleo isolado no Ministério Público Federal no Paraná. Parte do grupo é transferida para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e outra seguirá na força-tarefa até 1º de outubro, mas sem dedicação exclusiva e a partir de suas lotações de origem.