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A interculturalidade e a poesia
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A interculturalidade e a poesia

https://pt.wikinews.org/wiki/Laos_planeja_mais_4_represas_no_Mekong_em_meio_%C3%A0_seca

https://escola.britannica.com.br/artigo/rio-Mekong/481877

Os poemas que reproduzidos são dedicados a Dinamene, Tin Nam Men, a mulher chinesa, que fez parte da vida de Camões.Dinamene foi companheira de Camões enquanto viveu em Macau. Na viagem de regresso a Portugal, Camões leva-a consigo, mas no naufrágio, junto à foz do rio Mekong, na costa do Camboja, Dinamene perde a vida. Diz-se que Camões preferiu salvar o manuscrito d' Os Lusíadas que escrevera, durante meses a fio, na gruta de Macau. Após este trágico acontecimento, Camões escreve poemas à sua amada que perdeu a vida demasiado cedo. Nestes poemas Camões demonstrar os sentimentos de amor e saudade que tem por Dinamene.

Rio Mekong

Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!Que pena sentirei que valha tanto, Que inda tenha por pouco viver triste?

Como já pera sempre te apartaste De quem tão longe estava de perder-te? Puderam estas ondas defender-te Que não visses quem tanto magoaste?

Autora: Inês Rainho 9.º B

Na leitura deste poema, escrito entre 1565 e 1568, o poeta manifesta a tristeza, a saudade, a mágoa e o lamento pela sua amada Dinamene, que tão cedo o abandonou. Invoca o mar e o céu como responsáveis pelo seu infortúnio.

Ah! minha Dinamene! Assim deixaste Ah! minha Dinamene! Assim deixaste Quem não deixara nunca de querer-te! Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te, Tão asinha esta vida desprezaste! Nem falar-te somente a dura Morte Me deixou, que tão cedo o negro manto Em teus olhos deitado consentiste!

A Interculturalidade na obra de Camões

Torna a fugir-me; e eu gritando: - Dina... Antes que diga: - mene, acordo, e vejo Que nem um breve engano posso ter.

Lá numa saudade, onde estendidaA vista pelo campo desfalece, Corro pera ela; e ela então parece Que mais de mim se alonga, compelida.

Camões sonha com Dinamene a quem suplica que permaneça junto dele. Ela foge, rapidamente, não lhe dando tempo de gritar todo o seu nome. O Poeta acorda apavorado e sente-se invadido por uma agonia ao constatar que Dinamene não está ao seu lado, nem em sonhos nem na realidade.

Quando de minhas mágoas a comprida Quando de minhas mágoas a comprida Maginação os olhos me adormece, Em sonhos aquela alma me aparece Que pera mim foi sonho nesta vida. Brado: - Não me fujais, sombra benina! Ela, os olhos em mim c'um brando pejo, Como quem diz que já não pode ser,

A Interculturalidade na obra de Camões

Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou.

Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste.

Em "Alma minha gentil que te partiste", publicado em 1595, Luís Vaz de Camões confessa as saudades de Dinamene e pede mesmo que a morte o leve para se poder juntar de novo a ela. Este é um dos mais conhecidos poemas líricos deste genial autor. Nele, poema, estão expressas, a inquietação, angústia e nostalgia pela ausência de Dinamene e pela falta que dela sente. Está também presente, a impossibilidade do ser humano chegar ao ideal. Este limite é expresso, muitas vezes, na obra camoniana. O ser humano, sempre se depara com esta restrição imposta pela sua própria condição humana.

Alma minha gentil que te partiste Alma minha gentil que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Repousa lá no Céu eternamente, E viva eu cá na terra sempre triste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te.

A Interculturalidade na obra de Camões

Autora: Marta Ramos 9.º B

Este poema, caracterizado pelos queixumes do coração, fará referência a um amor que Camões terá tido na Índia. O poeta canta a formosura de uma mulher de traços africanos, igualando-a às europeias.

Bárbara era uma escrava da Costa Oriental de África (Moçambique), por quem Camões se apaixonou.

A Interculturalidade na obra de Camões

Este poema dá muita importância aos traços físicos e morais da amada. Enaltece a beleza das mulheres africanas. Contraria o ideal de beleza europeu, iguala os cabelos louros e os cabelos negros. Este tema permanece atual, pois hoje em dia, ainda se valoriza mais o padrão europeu do que o africano. A Camões não lhe interessa a cor da pele, ele encontra a formosura em todas as etnias.

A Interculturalidade na obra de Camões

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Fotos:

https://br.depositphotos.com/stock-photos/caneta-tinteiro-antiga.html

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https://homoliteratus.com/camoes-dinamene-e-os-lusiadas/

https://www.youtube.com/watch?v=-0fUXVCHe_0

https://www.youtube.com/watch?v=VZdUqVtwLhE

https://www.youtube.com/watch?v=hAmbyPZOdxE

https://www.youtube.com/watch?v=0HxUGptDI84

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https://pt.slideshare.net/HMECOUT/endechas-a-brbara

https://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=1008

https://pt.slideshare.net/miluaugusto/lrica-de-lus-de-cames

2020/2021

Webgrafia:

Gonçalo Duarte Inês Rainho Marta Ramos Tiago SilvaCidadania9.º B

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