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inesrainho111
Created on January 26, 2021
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Transcript
A interculturalidade e a poesia
Rio Mekong
Os poemas que reproduzidos são dedicados a Dinamene, Tin Nam Men, a mulher chinesa, que fez parte da vida de Camões.Dinamene foi companheira de Camões enquanto viveu em Macau.Na viagem de regresso a Portugal, Camões leva-a consigo, mas no naufrágio, junto à foz do rio Mekong, na costa do Camboja, Dinamene perde a vida.Diz-se que Camões preferiu salvar o manuscrito d' Os Lusíadas que escrevera, durante meses a fio, na gruta de Macau. Após este trágico acontecimento, Camões escreve poemas à sua amada que perdeu a vida demasiado cedo. Nestes poemas Camões demonstrar os sentimentos de amor e saudade que tem por Dinamene.
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https://escola.britannica.com.br/artigo/rio-Mekong/481877
https://pt.wikinews.org/wiki/Laos_planeja_mais_4_represas_no_Mekong_em_meio_%C3%A0_seca
A Interculturalidade na obra de Camões
Ah! minha Dinamene! Assim deixaste Ah! minha Dinamene! Assim deixasteQuem não deixara nunca de querer-te!Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te, Tão asinha esta vida desprezaste! Nem falar-te somente a duraMorte Me deixou, que tão cedo o negro manto Em teus olhos deitado consentiste!
Na leitura deste poema, escrito entre 1565 e 1568, o poeta manifesta a tristeza, a saudade, a mágoa e o lamento pela sua amada Dinamene, que tão cedo o abandonou. Invoca o mar e o céu como responsáveis pelo seu infortúnio.
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Autora: Inês Rainho 9.º B
Como já pera sempre te apartaste De quem tão longe estava de perder-te? Puderam estas ondas defender-te Que não visses quem tanto magoaste?
Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!Que pena sentirei que valha tanto,Que inda tenha por pouco viver triste?
A Interculturalidade na obra de Camões
Quando de minhas mágoas a comprida Quando de minhas mágoas a compridaMaginação os olhos me adormece, Em sonhos aquela alma me aparece Que pera mim foi sonho nesta vida. Brado: - Não me fujais, sombra benina! Ela, os olhos em mim c'um brando pejo, Como quem diz que já não pode ser,
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Camões sonha com Dinamene a quem suplica que permaneça junto dele. Ela foge, rapidamente, não lhe dando tempo de gritar todo o seu nome. O Poeta acorda apavorado e sente-se invadido por uma agonia ao constatar que Dinamene não está ao seu lado, nem em sonhos nem na realidade.
Lá numa saudade, onde estendidaA vista pelo campo desfalece, Corro pera ela; e ela então parece Que mais de mim se alonga, compelida.
Torna a fugir-me; e eu gritando: - Dina... Antes que diga: - mene, acordo, e vejo Que nem um breve engano posso ter.
A Interculturalidade na obra de Camões
Alma minha gentil que te partiste Alma minha gentil que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Repousa lá no Céu eternamente, E viva eu cá na terra sempre triste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te.
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Em "Alma minha gentil que te partiste", publicado em 1595, Luís Vaz de Camões confessa as saudades de Dinamene e pede mesmo que a morte o leve para se poder juntar de novo a ela. Este é um dos mais conhecidos poemas líricos deste genial autor. Nele, poema, estão expressas, a inquietação, angústia e nostalgia pela ausência de Dinamene e pela falta que dela sente. Está também presente, a impossibilidade do ser humano chegar ao ideal. Este limite é expresso, muitas vezes, na obra camoniana. O ser humano, sempre se depara com esta restrição imposta pela sua própria condição humana.
Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste.
Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou.
A Interculturalidade na obra de Camões
Bárbara era uma escrava da Costa Oriental de África (Moçambique), por quem Camões se apaixonou.
Este poema, caracterizado pelos queixumes do coração, fará referência a um amor que Camões terá tido na Índia.O poeta canta a formosura de uma mulher de traços africanos, igualando-a às europeias.
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Autora: Marta Ramos 9.º B
Este, foi escrito a uma escrava por quem Camões esteve perdido de amores na Índia. Luís Vaz de Camões descreve-a psicologicamente como uma mulher doce («Tão doce a figura»), serena («Presença serena») e sossegada («Olhos sossegados») e fisicamente como uma mulher linda, com olhos pretos («Olhos sossegados/Pretos e cansados») e cabelos pretos («Pretos os cabelos»). Neste poema ele faz também a comparação entre a mulher loira e branca, protótipo de perfeição e a mulher negra e exótica («Pretos os cabelos/Onde o povo vão/Perde opinião/Que os louros são belos.») ou («Pretidão de Amor/Tão doce a figura/Que a neve lhe jura/Que trocara a cor.») Na última estrofe está presente um trocadilho («Esta é a cativa/Que me tem cativo») que pretende mostrar que o próprio amor é uma prisão e que ele está muito mais preso a ela, do que ela está presa à sua escravidão.
A Interculturalidade na obra de Camões
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Este poema dá muita importância aos traços físicos e morais da amada. Enaltece a beleza das mulheres africanas. Contraria o ideal de beleza europeu, iguala os cabelos louros e os cabelos negros. Este tema permanece atual, pois hoje em dia, ainda se valoriza mais o padrão europeu do que o africano. A Camões não lhe interessa a cor da pele, ele encontra a formosura em todas as etnias.
Refere que a beleza de Bárbara é a mais pura e grandiosa. E que esta é muito mais bonita do que as flores. O sujeito poético joga com as palavras e diz que ela está cansada, mas não é de matar e sim de inspirar paixões. Refere que apesar de ser escrava, é a responsável pelos corações apaixonados e que não deve-se expor na muito na sociedade para que não venha mais tarde a tornar-se uma vítima do amor. Bárbara era tão linda que até a neve tinha inveja dela. Camões baseia-se em Bárbara para escrever os seus belos poemas. Sem ela Camões não viveria.
Gonçalo Duarte Inês Rainho Marta Ramos Tiago SilvaCidadania9.º B
Webgrafia:
2020/2021
https://pt.slideshare.net/miluaugusto/lrica-de-lus-de-cames
https://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=1008
https://pt.slideshare.net/HMECOUT/endechas-a-brbara
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.pensador.com%2Ffrase%2FMjIzNjQ0%2F&psig=AOvVaw1rdWZM5XmitHihm9LIQTGZ&ust=1618951707561000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCJD-5sGXi_ACFQAAAAAdAAAAABAt
https://www.youtube.com/watch?v=0HxUGptDI84
https://www.youtube.com/watch?v=hAmbyPZOdxE
https://www.youtube.com/watch?v=VZdUqVtwLhE
https://www.youtube.com/watch?v=-0fUXVCHe_0
https://homoliteratus.com/camoes-dinamene-e-os-lusiadas/
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Fotos:
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