A árvore de Natal da Poesia
Online 📚reading &
Created on December 13, 2020
Neste Natal encanta-te com belos poemas natalícios! Clica nos envelopes!
More creations to inspire you
Transcript
Da Poesia
A árvore de Natal
Quando um homem quiser🎄
É Natal!🎅
A estrelinha curiosa🌟
Natal agora⛄️
Natal Africano🌴🐪
Natal... na provincia.❄️
NATAL
Quadra 🎄
Nas palhinhas✨
Tocam os sinos🔔
Eu queria ser Pai Natal..🎅
Natal Divino🌟
Este menino..👶
O natal na 🏫 escola
🎄 Natal
Natal 🎄e nao dezembro
A estrelinha⭐️
Último poema⛄️
Quadras
Falavam-me de 🥰 amor
Natal chique
Este menino Este Meninoé pequenino,qual passarinhoa querer poisardevagarinho.Devagarinhopoisa no ninhoque o colo tem:ninho do coloda sua mãe. Maria Alberta Menéres
O Natal da escolaO Natal vai à escola com roupas de fantasia; num bolso leva os sonhos e no outro a poesia. O Natal pousa nos livros, no quadro e nas carteiras e deixa um pó de estrelas no fundo das algibeiras. E até o telemóvel, que na aula não deve entrar, quando toca de repente é o Natal que vem lembrar. O Natal entra na escola, na mochila e nos cadernos e segreda ao ouvido os votos que são eternos. O Natal é o recreio que a campainha anuncia; todos celebram contentes O sentido desse dia. José Jorge Letria
Natal Natal, antes e agoraimutável. Feliznoite branca sem horano pátio da Matriz. Natal: os mesmos sinosde repiques iguais.Brinquedos e meninos,Natal de outros natais. A Banda, vozes, passosda multidão fiel.Tudo nos seus espaços,o mundo e o carrossel. Tudo, menos o andejohomem que se conclui.Olho-me, e não me vejo,não sei para onde fui. – Mauro Mota, em ‘Itinerário’.
Natal, e não Dezembro Entremos, apressados, friorentos,numa gruta, no bojo de um navio,num presépio, num prédio, num presídio,no prédio que amanhã for demolido…Entremos, inseguros, mas entremos.Entremos, e depressa, em qualquer sítio,porque esta noite chama-se Dezembro,porque sofremos, porque temos frio. Entremos, dois a dois: somos duzentos,duzentos mil, doze milhões de nada.Procuremos o rastro de uma casa,a cave, a gruta, o sulco de uma nave…Entremos, despojados, mas entremos.Das mãos dadas talvez o fogo nasça,talvez seja Natal e não Dezembro,talvez universal a consoada. – David Mourão-Ferreira, em ‘Cancioneiro de Natal’.
Eu queria ser Pai Natal Eu queria ser Pai NatalE ter carro com renasPara pousar nos telhadosMesmo ao pé das antenas. Descia com o meu sacoAo longo da chaminé,Carregado de brinquedosE roupas, pé ante pé.Em cada casa trocavaUm sonho por um presenteQue profissão mais bonitaFazer a gente contente! Luísa Ducla Soares
Natal DivinoNatal divino ao rés-do-chão humano,Sem um anjo a cantar a cada ouvido.EncolhidoÀ lareira,Ao que perguntoRespondoCom as achas que vou pondoNa fogueira. O mito apenas veladoComo um cadáverFamiliar…E neve, neve, a caiarDe triste melancoliaOs caminhos onde um diaVi os Magos galopar… Miguel Torga, em ‘Antologia Poética’.
Natal É Natal, é NatalTudo bate o péVamos pôr o sapatinhoLá na chaminéOlha o Pai Natal, de barbas branquinhasTraz o saco cheio de lindas prendinhasPai NatalIrá trazerBrinquedos para nósPara a Zeca uma bonecaPara o Zito um apitoUma bola para saltarÉ o que quer o Baltazar.
Natal Natal fora da casa de meu Pai, Longe da manjedoira onde nasci. Neve branca também, mas que não cai Na telha vã da infância que perdi. Filosofias sobre a eternidade; Lareiras de salão, civilizadas; E eu a tremer de frio e de saudade Por memórias em mim quase apagadas... Miguel TorgaIn "Diário VI"
Natal… na provincia nevaNatal… Na província neva.Nos lares aconchegados,Um sentimento conservaOs sentimentos passados. Coração oposto ao mundo,Como a família é verdade!Meu pensamento é profundo,Estou só e sonho saudade E como é branca de graçaA paisagem que não sei,Vista de trás da vidraçaDo lar que nunca terei ! Fernando Pessoa
Natal Africano Não há pinheiros nem há neve, Nada do que é convencional, Nada daquilo que se escreve Ou que se diz… Mas é Natal. Que ar abafado! A chuva banha A terra, morna e vertical. Plantas da flora mais estranha, Aves da fauna tropical. Nem luz, nem cores, nem lembranças Da hora única e imortal. Somente o riso das crianças Que em toda a parte é sempre igual. Não há pastores nem ovelhas, Nada do que é tradicional. As orações, porém, são velhas E a noite é Noite de Natal. Cabral do Nascimento
Natal agora Neste solstício de inverno ele vai nascer algures no Mundo entre ruínas no lugar do não ser ele vai nascer deitado nas palhinhas entre bombas naufrágios minas cada mulher que foge o traz no ventre o mesmo coração um só destino algures no mundo ele vai ser em todos os meninos o menino. Manuel Alegre
A Estrelinha Curiosa Desceu do céu uma estrela Veio pousar no meu telhado Entrou pela chaminé E foi cair mesmo ao pé Do presépio já armado! Assustou-se São José Sobressaltou-se Maria Que tapou com uma fralda O berço do pequenino Não fosse uma luz tão forte Acordar o Deus menino... Foi então que São José Num gesto bem natural Sacudiu a estrelinha Que ficou presa nos ramos Da arvore de natal. E ali ficou contente Sobre o pinheiro a brilhar Distraída e encantada Nem viu o tempo a passar. Mas o relógio lá da sala No seu forte badalar Despertou a estrelinha: - Ah! Já estou atrasada! Minha mãe vai-me ralhar. E um pouco contrariada Foi para o céu descansar!
É Natal! Todos dizem: -O cheirinho está no ar! Vamos todos p´ra cozinha A nossa mãe ajudar. Rabanadas, bolo-rei, Arroz doce, aletria, Ai que cheirinho a canela! Que saudades eu já tinha De provar o gosto dela…· À noite Já à noitinha Numa festa sem igual… Tocam à campainha… É ele, o Pai Natal!
"Lorem ipsum dolor sit amet elit" Name
QUADRAS DE NATAL O Natal está a chegar,É o tempo de magia,A família e os amigosSão a melhor companhia. Por que é que a neve é branca?Será feita de algodão?Por que cai ela do Céu,Se se derrete no chão? Por que é a neve tão fria,Que põe todos a tremer?Lá do sítio de onde vem,Não a podem aquecer? Mas ninguém fica zangadoSe cair ou escorregar,Porque todas as criançasGostam de ver a nevar. Por que há neve nas montanhasE não há no meu jardim?Será que se eu pedirVai nevar só para mim? No Natal tudo é magia,Com os sinos a tocar,Há mais paz e harmonia,Mesmo que esteja a nevar. Daniela e João Miguel
Último PoemaÉ Natal, nunca estive tão só.Nem sequer neva como nos versosdo Pessoa ou nos bosquesda Nova Inglaterra.Deixo os olhos correrentre o fulgor dos cravose os dióspiros ardendo na sombra.Quem assim tem o verãodentro de casanão devia queixar-se de estar só,não devia. Eugénio de Andrade, em ‘Rente ao Dizer’.
Falavam-me de Amor Quando um ramo de doze badaladasse espalhava nos móveis e tu vinhassolstício de mel pelas escadasde um sentimento com nozes e com pinhas, menino eras de lenha e crepitavasporque do fogo o nome antigo tinhase em sua eternidade colocavaso que a infância pedia às andorinhas. Depois nas folhas secas te envolviasde trezentos e muitos lerdos diase eras um sol na sombra flagelado. O fel que por nós bebes te libertae no manso natal que te consertasó tu ficaste a ti acostumado. – Natália Correia, em ‘O Dilúvio e a Pomba’.
Natal Chique Percorro o dia, que esmoreceNas ruas cheias de rumor;Minha alma vã desapareceNa muita pressa e pouco amor.Hoje é Natal. Comprei um anjo,Dos que anunciam no jornal;Mas houve um etéreo desarranjoE o efeito em casa saiu mal.Valeu-me um príncipe esfarrapadoA quem dão coroas no meio disto,Um moço doente, desanimado…Só esse pobre me pareceu Cristo. Vitorino Nemésio