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la femme et les réseaux sociaux

Même si aujourd'hui les réseaux sociaux favorisent la liberté d'expression, et même si le monde digital abonde de mouvements féministes qui leur donne voix, d'un autre côté on assiste à de perpétuels discours sexistes, au maintien d'une forte division sexuelle et au renforcement des stéréotypes de genre.

haters

Un monde digital de "haters"Les attaques violentes, voire haineuses dans le monde virtuelsont très nombreuses et même si personne n'est épargné, ce sont bien souvent des femmes qui en sont victimes. Sous couvert de l'anonymat ces "haters" s'en donnent à coeur joie et sont rarement inquiétés. On peut donc parler de harcèlement et d'acharnement. Ce cyberbullying affecte aussi beaucoup les jeunes et surtout les filles sur lesquelles on commente surtout leur physique . Fléau d'un monde moderne, on ne lecombattra qu'avec l'éducation et la loi.

Un exemple récent au Portugal de ces pratiques haineuses qui visent encore et toujours la femme, cette fois-ci la victime est la Ministre de la Santé accusée à tort et à travers dans les réseaux sociaux, d'avoir mal géré la pandémie de Covid-19 dans le pays.

in Magazine Visão - 14-12-2020Journaliste Henrique Costa Santos

"ESpanta-me a reação popular. Num país bom como Portugal, rapidamente houve demonstrações de empatia, mas também há imensa brutalidade e insensibilidade. Se é claro o papel das redes sociais enquanto veículo de ódio, a baixeza dos comentários dos internautas, escondidinhos atrás dos teclados, vai sempre surpreender-me. Nesses meios, há quem nos agonie diariamente com o que mais há de feio, de abjeto, de ignorante e de revoltante. Não é crítica, nem sequer é opinião. É só ódio. A agressividade do ataque continuado a Marta Temido e Graça Freitas é desumana, em especial tendo em conta o monumental peso que as duas carregam aos ombros.Numa sociedade democrática, a crítica quer-se aguçada, fundamentada, atenta e sem tréguas, mas dispensam-se trolls raivosos a espumar comentários. No geral, essa fação mostrenga (e minoritária, mas muito sonora) da nossa opinião pública parece incapaz de distinguir o espírito crítico do linchamento em praça pública. No núcleo dessa fação boçal, a insensibilidade estende a mão à ignorância e o resultado é uma frieza defunta perante o desafio que é ser governante nestes tempos negros. No caso de Marta Temido e Graça Freitas, o ataque tem um requinte adicionado: um caldo vaporoso de misoginia e machismo. Em Portugal, não estamos decerto habituados a ver duas mulheres como figuras de proa numa guerra, e algumas críticas – sem qualquer fundamento teórico ou político – são descaradamente diferentes das que se fariam a um ministro de Saúde homem ou a um diretor-geral de Saúde homem. São mais violentas. Se ainda não nos tínhamos apercebido desta pequena, mas extrema, onda de ódio cego em relação à classe política, Marta Temido fez-nos o favor de escancarar a sua humanidade perante todos. E só alguém com a sensibilidade de uma porta de alumínio não reflete essa humanidade".

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