Rómulo de Carvalho
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Created on November 23, 2020
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Transcript
Rómulo de Carvalho /António Gedeão
"Diz a minha mãe que eu comecei a fazer versos aos 5 anos e aos 10 tive a comoção de ver os primeiros impressos e públicos. Escrever poemas foi sempre para mim um estado de angústia, um sofrimento autêntico. "
Professor, historiador, fotógrafo, pintos,divulgador de ciência e poeta
Bibliografia
Pedra Filosofal
Biografia
Curiosidades
Bio
Professor de Química e Física, poeta, investigador, historiador, escritor, fotógrafo, pintor e ilustrador, Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, filho de um funcionário dos correios e telégrafos e de uma dona de casa, cresceu, juntamente com as irmãs, numa casa modesta e num ambiente familiar tranquilo.
A sua mãe tendo uma grande paixão pela literatura transmitiu esse sentimento ao seu filho Rómulo, assim baptizado em honra do protagonista de um drama lido num folhetim de jornal. Responsável por uma certa atmosfera literária que se vivia em sua casa, é ela que, através dos livros comprados em fascículos, vendidos semanalmente pelas casas, ou, mais tarde, requisitados nas livrarias Portugália ou Morais, inicia o filho na arte das palavras. Desta forma Rómulo toma contacto com os mestres - Camões, Eça, Camilo e Cesário Verde, o preferido - e conhece As Mil e Uma Noites, obra que viria a considerar uma da suas bíblias.
Criança precoce, aos 5 anos escreve os primeiros poemas e aos 10 decide completar "Os Lusíadas" de Camões. No entanto, a par desta inclinação flagrante para as letras, quando, ao entrar para o liceu Gil Vicente, toma pela primeira vez contacto com as ciências, desperta nele um novo interesse, que se vai intensificando com o passar dos anos e se torna predominante no seu último ano de liceu.
Este factor será decisivo para a escolha do caminho a tomar no ano seguinte, aquando da entrada na Universidade, pois, embora a literatura o tenha acompanhado durante toda a sua vida, não se mostrava a melhor escolha para quem, além de procurar estabilidade, era extremamente pragmático e se sentia atraído pelas ciências justamente pelo seu lado experimental. Desta forma, a escolha da área das ciências, apesar de não ter sido fácil, dá-se.
Foi, durante 40 anos, professor de Físico-química e pedagogo.
Em 1956, após ter participado num concurso de poesia de que tomou conhecimento no jornal, publica, aos 50 anos, o primeiro livro de poemas Movimento
Perpétuo. No entanto, o livro surge como tendo sido escrito por outro, António Gedeão, e o professor de física e química, Rómulo de Carvalho, permanece no anonimato a que se votou.
Em 1990, já com 83 anos, Rómulo de Carvalho assume a direcção do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa, sete anos depois de se ter tornado sócio correspondente da Academia de Ciências, função que desempenhará até ao fim dos seus dias.
Infelizmente, a 19 de Fevereiro de 1997 a morte leva-nos Rómulo de Carvalho. Gedeão, esse já tinha morrido alguns anos antes, aquando da publicação de Poemas Póstumos e Novos Poemas Póstumos.
Ano | Pedagogia | |
---|---|---|
1959 | Que é a física Lisboa : Arcádia, D.L. 1959.(Arcádia; 2) | |
1968 | Física para o povo Coimbra : Atlântida, 1968. 2 vol. Capa de Gil Perdigão | |
1968 | Ciências da natureza – 1 para o 1.º ano do Ciclo Preparatório do Ensino Secundário 1.ª ed. – Lisboa : Sá da Costa, 1968 ; 2.ª ed., rev.: 1969 ; 3.ª ed., rev.: 1969 ; 4.ª ed.: 1970 ; 5.ª ed.: 1971 ; 6.ª ed. : 1971 ; 7.ª ed.: 1972 ; 8.ª ed.: 1973 ; 9.ª ed.: 1974 ; 10.ª ed., actualizada de acordo com o programa em vigor: 1975 ; 11.ª ed.: 1976. | |
1969 | Ciências da natureza – 2 para o 2.º ano do Ciclo Preparatório do Ensino Secundário 1.ª ed. – Lisboa : Sá da Costa, 1969 ; 2.ª ed.: 1970 ; 3.ª ed.: 1970 ; 4.ª ed.: 1971 ; 5.ª ed.: 1972. | |
1981 | A actividade pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos séculos XVIII e XIX Lisboa : Academia das Ciências de Lisboa, 1981. (Publicações do II centenário da Academia das Ciências de Lisboa) | |
1986 | História do Ensino em Portugal: desde a fundação da nacionalidade até ao fim do regime de Salazar-Caetano 1.ª ed. – Lisboa : Fund. Calouste Gulbenkian, imp. 1986 ; 2.ª ed.: 1996 ; 3.ª ed.: 2001. | |
1995 | A Física no dia-a-dia Lisboa : Relógio d’Água, D.L. 1995 | |
História da Ciência | ||
1947 1948
| A Ciência Hermética Lisboa : Cosmos, imp. 1947 (Biblioteca Cosmos ; 115) | |
O Embalsamamento Egípcio Lisboa : Cosmos, imp. 1948 (Biblioteca Cosmos ; 142-143) | ||
Relações entre Portugal e a Rússia no século XVIII 1.ª ed. Lisboa : Sá da Costa, 1979 (Descobrir Portugal) Capa de Espiga Pinto. | ||
1982 | A física experimental em Portugal no século XVIII 1.ª ed. Lisboa : Inst. de Cultura e Língua Portuguesa, 1982. (Biblioteca breve ; 63) | |
1987 | História do Gabinete de Física pombalino da Universidade de Coimbra : desde a sua fundação (1772) até ao jubiléu [sic] do professor italiano Giovanni Antonio Dalla Bella (1790) Coimbra : Univ. de Coimbra, 1987 | |
1996 | A Ciência Hermética (2ª Ed.) Lisboa : Relógio d’Água, D.L. 1996 | |
1996 | Actividades científicas em Portugal no século XVIII Évora : Univ. de Évora, 1996 | |
1997 | Colectânea de estudos históricos (1953-1994) : cultura e actividades científicas em Portugal Évora : Univ. de Évora, 1997 | |
Literatura para Jovens | ||
1952 | História da fotografia 1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1952 (Ciência para gente nova ; 2) | |
1952 | História do telefone 1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1952 (Ciência para gente nova ; 1) 2.ª ed.: 1962. | |
1953 | História dos balões 1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1953 (Ciência para gente nova ; 3) Capa de A. Alves Martins. 3.ª ed.: 1976. | |
1954 | História da electricidade estática 1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1954 (Ciência para gente nova ; 4) Capa de A. Alves Martins. 2.ª ed.: 1973. | |
1955 | História do átomo 1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1955 (Ciência para gente nova ; 5) Capa de A. Alves Martins. 3.ª ed.: 1979 | |
1957 | História da radioactividade 1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1957 (Ciência para gente nova ; 7) Capa de Alves Martins. 2.ª ed.: 1969 | |
1962 | História da energia nuclear 1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1962 (Ciência para gente nova ; 9) Capa de António Gedeão. | |
1962 | História dos isótopos 1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1962 (Ciência para gente nova ; 8) Capa de António Gedeão. | |
1979 | A descoberta do mundo físico 1.ª ed. – Lisboa : Sá da Costa, 1979 (Cadernos de iniciação científica ; 1) | |
1991 | História dos balões 4.ª ed. – Lisboa : Relógio d’Água, D.L. 1991 | |
1998 | As origens de Portugal : história contada a uma criança 1.ª ed.– Lisboa : Fund. Calouste Gulbenkian,1998 ; 2.ª ed.: 1999 ; 3.ª ed.: 2003 | |
Manuscritos | ||
1960/1992 | Bartolomeu de Gusmão: apontamentos 51p. 36 f. ; 21 x 15 cm + 79 f. ; máximo de 32,5 x 22 cm | |
196?/1969 | Apontamentos retirados dos microfilmes que possuo dos documentos do «Portefeuille de J. de L’Isle» do Arquivo do Observatório de Paris p. 65 f. ; 22 x 16,5 cm | |
1965 | O sentimento científico em Bocage por António Gedeão. 27 p. 27 f. ; 26,3 x 14,5 cm | |
1968/1980 | Arquivo Histórico Ultramarino 820 f. em 4 maços + 1 f. ; máximo de 22 x 17,6 cm | |
196?/198? | Bibliografia científica e técnica do século XVIII 455 p. 344 f. ; máximo 28,5 x 20,8 cm | |
Anterior 1974 | Ensino liceal em Portugal 16 p. 16 f. ; 27 x 21 cm | |
1979 | Bibliografia pedagógica, técnica e científica do século XVIII 2 maços ; 17 x 11 x 9 cm | |
198? | Obras de Pedagogia do século XVIII : [bibliografia] 250 p. 199 f. ; máximo 22 x 18 cm | |
1994 | No segundo centenário da ascensão aerostática do Capitão Lunardi, no Terreiro do Paço I 40 p. 32 f. ; 28,5 x 20 cm + 75 f. ; máximo de 30 x 21 cm | |
1996 | O material etnográfico do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa 5 p., 1 f. dobr. ; 28,2 x 21 cm | |
Poesia da Infância e Juventude | ||
1911 | Maria é o 1.º nome 1 p. 1 f., 1 f. ; 14 x 6,4 cm | |
1912 | Era uma vez um menino 1,1 p. 2 f. ; 11 x 15 cm | |
1915 | Versos dedicados as desgraças por causa da carestia da vida 3 p. 1 f. dobr. 16,5 x 11 cm + 1 f. dobr. ; 22,5 x 17 cm | |
1917 | Luziadas: canto XI : 1578-1580 3 p. 3 f., 1 f. dobr. ; 31,5 x 21,5 cm | |
1929 | Lei da constância dos ângulos ; Como sabes, meu bem, a ciência 1, 2, 1 p. 2 f. ; 22,6 x 16 cm | |
Ficção da Infância e Juventude | ||
1911 | Um casamento [Transcrição de Noémia Gama de Carvalho]. 2, 4 p. 3 f. dobr. ; máximo de 17,5 x 13 cm | |
1917 | Amor impossível 3 p. 3 f., 1 f. dobr. ; 38,8 x 29,2 cm | |
1917 | Vasco da Gama, 1469-1524 : peça em 5 actos 17 p. 10 f. : il. ; 22,5 x 21,5 cm | |
1927 | A primeira paixão de Isidoro : novela 54 p. 54 f. ; 22 x 16 cm | |
1929 | A mulher que não inventou o amor : tragédia conjugal em 3 actos 13 p. 9 f. ; 17 x 23 cm | |
1929 | Os três mosqueteiros 16 p. 9 f. ; 17 x 23 cm | |
Outros Textos | ||
1975 | N.º de vezes que os poemas referidos foram tocados, em 1975 : [listagem] 1 p. 1 f. ; 21 x 15 cm | |
1985/1997 | Memórias que para instrução e divertimento de seus tetranetos escreveu certa pobre criatura que, entre milhares de milhões de outras, vagueou por este mundo na última centúria do segundo milénio da era de Nosso Senhor Jesus Cristo 1100, 1, 8 p. em 5 maços ; 22 x 16 cm |
E assim, enquanto Rómulo de Carvalho estuda Ciências Físico-químicas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, as palavras ficam guardadas para quando, mais tarde, surgir alguém que dará pelo nome de António Gedeão.
Não esquece a arte das palavras e continua, sempre, a escrever poesia. Porém, não a considerando de qualidade e pensando que nunca será útil a ninguém, nunca tenta publicá-la, preferindo destruí-la.